sexta-feira, 29 de junho de 2018

COMUNICADO


COMUNICADO

Devido ao jogo do Brasil, a Biblioteca no dia 02/07/2018 (SEGUNDA-FEIRA) abrirá para atendimento aos usuários somente pela tarde, no seguinte horário de funcionamento:
15h às 20h

Horário do expediente no dia 02 de julho de 2018

Horário do expediente no dia 02 de julho de 2018





Considerando a realização do jogo da seleção brasileira de futebol nesta segunda-feira, dia 2 de julho, às 11h, e a heterogeneidade de situações no que concerne às Unidades Universitárias, o horário de expediente da UFF neste dia será o seguinte:
a) para as Pró-Reitorias, Superintendências e demais órgãos da Administração Central:
- suspensão das atividades, mantidas aquelas consideradas essenciais;
b) para as Unidades Universitárias:
- os diretores estabelecerão o horário de funcionamento neste dia, levando em conta as necessidades e especificidades das suas Unidades, tendo em vista, principalmente, o cumprimento adequado das atividades previstas no Calendário Escolar.

Sidney Mello
Reitor


Fonte: UFF

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Uso do ozônio traz vantagens para agricultura e pecuária

Uso do ozônio traz vantagens para agricultura e pecuária


Gás ozônio também é responsável pela cor azul do céu.




Brasil Rural

No AR em 27/06/2018 - 09:54


O Brasil Rural de quarta-feira (27) conversa com o fundador da empresa Brasil OzônioSamy Menasce. Na entrevista, ele aborda o uso do gás ozônio na pecuária e na agricultura. 


Ouça a entrevista clicando aqui.



A camada de ôzonio protege a Terra dos raios ultravioletas. O gás ozônio é responsável pela cor azul do céu.

Na agricultura, o uso do ozônio ataca problemas, como as bactérias, vírus, fungos. Mesmo com muitos avanços, segundo Samy, é a única solução ambientalmente correta para tratamento de água e de gases. É usado para sanitização de frutas e nos animais para desinfecção, explica o fundador.



“O ozônio é 100 vezes mais potente que o cloro, 3.000 vezes mais rápido. Tem um poder muito grande quando utilizado corretamente como qualquer elemento. Ele é um elemento natural. Não é um produto químico, e sim, um elemento químico", destacou.
Fonte: EBC

terça-feira, 26 de junho de 2018

Prótese inteligente se ajusta a terreno acidentado; confira o vídeo

Prótese inteligente se ajusta a terreno acidentado; confira o vídeo







As pessoas que precisam de próteses podem tem dificuldades de adaptação, principalmente por conta dos movimentos limitados dos novos membros. Uma das próteses mais complicadas é a do tornozelo, pois ele consegue se ajustar de acordo com o peso do corpo, inclinação do piso e ainda recebe quase todo o impacto em casos de queda.
No entanto, o avanço da tecnologia está permitindo próteses cada vez mais personalizadas e adaptáveis. Segundo informações do TechCrunch, o professor de engenharia mecânica da Vanderbilt, Michael Goldfarb, desenvolveu uma prótese inteligente capaz de se ajustas a terrenos acidentados.
A prótese conta com um chip que detecta o terreno, classifica o movimento e determina como cada passo deve ser. “Este dispositivo primeiramente se adapta ao que está ao seu redor”, afirma Goldfarb. “Você pode subir as encostas, descer ladeiras, subir e descer escadas, e o dispositivo descobre o que você está fazendo e funciona como deveria”.
Confira o vídeo abaixo:


A princípio, o dispositivo ainda está em fase de testes e depende de energia cabeada, o que dificulta a locomoção.

Fonte: OlharDigital

10 cursos online e gratuitos do Google em português

10 cursos online e gratuitos do Google em português

Há uma variedade enorme de cursos disponíveis online – tanto que já até sugerimos algumas opções gratuitas aqui recentemente, para quem quer aprender a programar. Mas além de universidades, algumas empresas oferecem videoaulas de graça na web. O Google é uma delas, disponibilizando várias no Udacity. E o melhor: muitas com legendas em português.
Selecionamos dez desses cursos do Google, todos relacionados a desenvolvimento web e programação, para você conferir e começar a estudar. Confira a lista a seguir:
1 – Fundamentos de Design Responsivo para a Web. O curso mostra todos os fundamentos do web design responsivo, ensinando como criar uma página que funciona bem tanto na tela do PC quanto em um tablet ou um smartphone. Tem duração estimada de duas semanas e está disponível aqui

2 – Teste A/B. Usados para verificar o efeito de mudanças, os testes A/B são essenciais para quem precisa decidir se vai ou não implementar algum recurso novo em um site ou aplicativo. O curso mostra como realizá-los, definindo métricas e analisando resultados. Tem duração estimada de quatro semanas e está disponível aqui

3 – Otimização de Renderização no Browser. Como a descrição do curso diz, performance importa para os usuários – e por isso é importante criar um web app que reaja bem as ações. As aulas apresentam ferramentas usadas para analisar e identificar problemas de desempenho e explicam como criar uma aplicação que responda bem no navegador. O curso tem duração de um mês e está disponível aqui

4 – Imagens Responsivas. As imagens representam 60% dos bytes necessários para carregar uma página na web. Por isso, é importante saber como otimizar o carregamento delas de acordo com o dispositivo do usuário – justamente o que esse curso mostra como fazer. Tem duração de duas semanas e está disponível aqui

5 – Otimização de Performance de Website. Já que falamos de desempenho, este curso foca em otimizar um site para que ele seja rápido. As aulas mostram o caminho que os navegadores seguem para transformar os códigos HTML, CSS e JavaScript em uma página finalizada e mostram, a partir disso, as ferramentas que você usar para melhorar a performance. Tem duração de apenas uma semana e está disponível aqui

6 – O que é localização. Não, não estamos falando de mapas. A localização aqui tem a ver com levar um produto ou serviço para um novo mercado, com um idioma diferente. O curso mostra tudo o que você precisa saber para traduzir e adaptar um aplicativo, por exemplo, antes de estreá-lo em um novo país. Tem duração de duas semanas e está disponível aqui

7 – Deep Learning. A “aprendizagem profund”, ou simplesmente deep learning, está cada vez mais importante no mercado. Ela é aplicada em pesquisas, comandos de voz, reconhecimento e busca de imagens e em muitas outras soluções muito usadas atualmente. Este curso fala sobre o conceito desde o começo, apresentando os conceitos básicos e indo até o desenvolvimento de sistemas que aprendem a partir de dados. Tem duração de 12 semanas e está disponível aqui

8 – Android TV e Desenvolvimento Google Cast. Um pouco menos densas, as aulas aqui mostram como levar sua aplicação Android para a tela da televisão, adaptando-a para funcionar em realidade virtual e também no Google Cast sem precisar reescrevê-la. Tem duração de uma semana e está disponível aqui

9 – Material Design para Desenvolvedores Android. Anunciada há quatro anos, a linguagem visual do Google transformou os aplicativos do Android. Nessas aulas, você vai aprender como aplicar os princípios dela e utilizar todos os elementos do Material Design nos seus apps. O curso dura quatro semanas e está disponível aqui

10 – Introdução à Realidade Virtual. As videoaulas daqui não são em realidade virtual, mas abordam todos os princípios por trás do conceito, de telas e rastreamento de visão até ótica e estereopsia. A descrição do curso garante que, ao final dele, você terá criado uma aplicação em VR. As aulas tem duração de duas semanas e estão disponíveis aqui.

Fonte: OlharDigital

Veja os salários de desenvolvedores e de outras profissões quentes de TI

Veja os salários de desenvolvedores e de outras profissões quentes de TI


Com alta demanda, estudo mostra que apenas o salário competitivo não é mais o bastante para reter talentos nestas áreas
São Paulo – Com a evolução da tecnologia e sua maior importância no cotidiano, os especialistas da área estão cada vez mais valorizados.
A demanda por profissionais qualificados é crescente, enquanto a oferta dessa mão de obra ainda é limitada. O resultado é a necessidade das empresas oferecerem salários competitivos.
Para os desenvolvedores, a remuneração média nacional na carreira é de 6.452 reais. O dado faz parte de estudo feito pela Revelo sobre o panorama de salário em tecnologia, que reuniu dados de 9 mil ofertas de emprego e 100 mil candidatos.
Segundo Lachlan de Crespigny, cofundador da Revelo, startup de recrutamento de profissionais de tecnologia, a procura por desenvolvedores é a mais aquecida do mercado. “Empresas grandes estão investindo pesado em aplicativos. Muitos bancos procuram ter seu acesso mobile mais sofisticado”, explica ele.
A Revelo analisou quatro áreas de TI que apresentam as maiores demandas de profissionais. Atrás dos desenvolvedores na média nacional, aparecem os especialistas em business intelligence, que recebem  6.241 reais. Depois, vêm os de design UX/UI, com 5.466 reais, e de marketing online, com 4.588 reais. Confira a tabela completa:
Média salarial por foco R$
Data Scientist 6.732
Business Intelligence 5.740
Product Owner 8.190
Full-stack 6.518
Back-end 6.486
Mobile 6.421
Front-end 5.762
UX Design 5.853
UI Design 5.055
Marketing Digital 4.832
Marketing, Publicidade e Propaganda 4.462
Social Media 3.718
O executivo da Revelo observa falta de profissionais para todas as empresas que estão recrutando agora- e até mesmo prevê uma escassez mundial nos próximos anos. Assim, as empresas têm procurado atrativos a mais para reter seus talentos.
E as formas de agradar vão além da vantajosa remuneração. O estudo revelou que 61% das contratações não tiveram a maior oferta salarial.
Com tantas ofertas, os candidatos demandam mais do futuro empregador. Para Lachlan de Crespigny existem dois principais diferenciais de atração: a equipe e o tipo de tarefa. “Saber que vão gostar do dia a dia do trabalho pesa bastante na escolha da empresa, aí entra as pessoas com quem conviver e se o cargo oferece desafios que os motivem”, fala Crespigny.
O estudo também aponta qual o peso do tempo de casa na remuneração do funcionário. Para quem fica nos cargos por até seis anos, os efeitos ficam ainda mais claros: para desenvolvedores, o aumento é de 64%. O maior avanço foi em Design UX/UI, de 70,7%.
Média de salário oferecido (R$) 0-1 ano 1-3 anos 3-6 anos 6+ anos
Desenvolvedor 5.003 5.502 6.818 8.196
Marketing online 4.107 4.489 5.106 6.037
Design UX/UI 4.080 4.815 5.377 7.013
Business Intelligence 5.542 6.411 7.925 8.539

Fonte: EXAME

EUA estão precisando de engenheiros e dentistas (brasileiros se destacam)

EUA estão precisando de engenheiros e dentistas (brasileiros se destacam)

Dentistas e engenheiros estão entre os profissionais mais desejados e brasileiros estão se dando bem. Veja como funciona o processo de imigração
São Paulo – A dentista brasileira Camila Castro de Sá, de 36 anos, tinha vontade de morar em outro país, mas faltava coragem para começar tudo de novo em outro lugar. Quando a crise econômica apertou, a falta de perspectiva deu o ânimo de que ela precisava para emigrar para os Estados Unidos, há pouco menos de dois anos.
O emprego não demorou a chegar. “Um amigo, também brasileiro e dentista, já residente aqui nos EUA há alguns anos, me ofereceu a possibilidade de trabalhar em seu consultório”, conta.
Hoje, ela – que ficou sócia do amigo – tem dois consultórios, na Flórida, um em Orlando e outro em Fort Lauderdale. “Em princípio não penso em voltar. Os EUA oferecem muitas oportunidades. Além disso, tenho dois filhos pequenos, de seis e de oito anos. A chance de terem um futuro melhor aqui é bem maior”, diz.
A profissão de Camila ajudou muito no processo de mudança. Faltam dentistas nos Estados Unidos, que têm uma taxa de 65,7 profissionais por 100 mil habitantes. No Brasil, um dos países com maior número de dentistas em todo planeta, esse número é mais do que o dobro: são 140 para cada 100 mil habitantes.
Mas não são só os dentistas os profissionais qualificados que estão na mira do Tio Sam. Engenheiros – sobretudo os de software, civis, eletricistas e mecânicos – encontram cenário muito mais promissor lá do que aqui no Brasil, onde jovens recém-formados se perguntam o que fazer com o diploma de engenharia.
A escassez faz subir os salários em até 20% para os profissionais “importados”. Engenheiros estrangeiros chegam a ganhar entre 6,5 mil a 9,5 mil dólares por mês, a depender da área e da qualificação, segundo o advogado de imigração, Miguel Risch, sócio da Hayman-Woodward, escritório especializado em expatriação e investimentos no exterior.
Os números divulgados pela Hayman-Woodward comprovam que odontologia e engenharia são campos promissores para os profissionais estrangeiros nos Estados Unidos. O número de clientes dentistas ou engenheiros cresceu perto dos 40% nos últimos dois anos.
Profissionais que vêm de países com grande quantidade de engenheiros e dentistas em geral são bem recebidos pelos empregadores estadunidenses. Mas, a qualidade da formação acadêmica brasileira é um ponto que faz os profissionais dentistas e os engenheiros daqui se destacarem lá. “O Brasil certamente é uma referência nessas duas áreas. Não se trata, portanto, só de quantidade, mas também de qualidade.
Como funciona processo de imigração para profissionais qualificados
Encarar todos os trâmites da imigração para trabalhar e viver nos Estados Unidos sem ajuda especializada é quase impossível. “São 187 tipos de vistos tanto para imigrantes quanto para não imigrantes”, diz Risch.
Saber qual é o tipo de documento mais apropriado é um dos primeiros passos. Pessoas qualificadas podem, por exemplo, conseguir um tipo de visto- e em seguida um green card – concedido por conta da falta de mão-de-obra em determinadas regiões do país.
Nesse caso, nem é preciso ter uma proposta de emprego na manga. “Os vistos EB-1A e EB-2 National Interest Waiver são concedidos sem a necessidade de uma oferta de trabalho prévia e baseiam-se apenas no histórico acadêmico e profissional do candidato”, diz Risch.
Essas categorias de visto ainda são pouco conhecidas, segundo ele. O “EB-1A” é dado a pessoas com habilidades extraordinárias e o “EB-2 National Interest Waiver” é concedido a profissionais bem qualificados e que atuam em áreas que estão em falta e são de interesse dos EUA.
Os dois vistos são definitivos, sem necessidade de renovação. “Após a entrada nos Estados Unidos, os portadores desses vistos devem aguardar a chegada de seus green cards, algo que normalmente leva aproximadamente seis meses após o pedido ser aprovado”, diz Risch.
Quem consegue esses dois tipos de visto, sabe o que quer fazer nos Estados Unidos, antes de dar entrada na papelada. “Já possuem alguma atividade em mente, seja para trabalhar para algum empregador já estabelecido ou montar seu próprio negócio”, diz.
Como em qualquer país, para atuar profissionalmente nos Estados Unidos como dentista ou como engenheiro é necessário ter diploma válido por lá. Segundo a dentista brasileira, essa sim é que foi a parte mais desafiadora da mudança.
“O que foi mais complicado foi fazer a equivalência do meu diploma brasileiro, sem o qual não poderia exercer minha profissão aqui”, lembra a dentista Camila. Ela recomenda que a validação do diploma seja prioridade no planejamento dos interessados em emigrar.
Segundo Risch, os requisitos de validação de diploma variam de acordo com o estado dos EUA. Mas, via de regra, o profissional precisará atesta por meio de documentação que realmente tem o conhecimento e capacidade para o trabalho. “A primeira providência é pedir um histórico escolar e diploma das instituições de ensino que o profissional cursou no Brasil”, diz.
Os documentos precisam ser autenticados e traduzidos por tradutor juramentado. “Além disso, existem instituições de ensino nos EUA que podem auxiliar uma pessoa com o processo de equivalência ou revalidação de um diploma”, diz Risch.

Fonte: EXAME

“Pescoço de tablet” afeta 84,6% dos usuários, revela estudo médico

“Pescoço de tablet” afeta 84,6% dos usuários, revela estudo médico

A Universidade de Nevada publicou recentemente um estudo sobre o impacto da tecnologia em problemas físicos em nosso corpo, mais especificamente a respeito de como o uso de tablets tem causado rigidez, dor e sofrimento a 84,6% dos consumidores. A mesma pesquisa mostra que 65,4% também acusam incômodo nas costas e nos ombros e esse “mal moderno” ganhou até mesmo um nome (ou dois): “Pescoço de tablet” ou “Pescoço de iPad”.
"As pessoas estão chegando com dores no pescoço e não estão percebendo que (o uso de tablets) é de onde vêm esses problemas. Perguntamos a eles: 'O que você anda fazendo bastante?’ E todo mundo diz que anda olhando muito para o telefone ou para o tablet", afirmou o médico John Abrahams, do Brain & Spine Surgeons of New York, em entrevista ao New York Post.
Um outro ponto curioso relacionado a esses dados é que dos 412 estudantes universitários examinados, mais de 70% que apresentaram esses sintomas são do sexo feminino. Mas quais as razões pelas quais as mulheres têm sofrido mais com isso? Bem, a análise do pessoal da Universidade de Nevada tem boas teorias para isso.

Mulheres costumam usar o tablet com uma postura não recomendada
Os pesquisadores descobriram que a posição que mais leva à dor é a que faz com que nossas costas e o pescoço fiquem arqueados de forma irregular, para baixo. Isso porque flexionar o pescoço para frente por longos períodos pressiona a coluna, o que tensiona os músculos da região, incluindo os ombros. E sentar sem o apoio das costas aumenta as chances desse desconforto piorar.
Como as mulheres costumam ter o quadril mais largo ou possuem braços mais curtos e ombros estreitos, elas são mais propensas a se sentar no chão sem algum encosto para as costas ou de outras formas inadequadas, o que levam a esse quadro descrito acima. Por isso, entre o consumidores mais afetados por esse problemas, segundo a pesquisa, a maioria absoluta, 77%, é composta pelo público feminino, enquanto os 23% restantes ficaram com os homens.
mulher ipad
“Mas e se eu sentar com o tablet no colo ou me sentar em uma cadeira com o tablet na mesa, em uma superfície plana?” Bem, esses dois casos também levaram ao “Pescoço de tablet”, com 55% acusando desconforto moderado, 10% apontando sintomas graves e 15% admitindo dificuldade para dormir.

Qual é a solução, então?
Bem, infelizmente, não há algo que possa ser feito a não ser evitar as posições que induzam ao quadro ilustrado anteriormente. A solução mais fácil seria conseguir um bom assento como suporte, como uma boa cadeira, ou sustentar o dispositivo em um nível mais confortável, onde você possa olhar sem ter que forçar o pescoço e as costas.
Ou, fazer algo que a própria indústria vem martelando nesta temporada, a exemplo das iniciativas recentes da Google, da Apple e do Facebook/Instagram: diminuir consideravelmente o tempo que você fica colado com o rosto nas telinhas.

Fonte: Tecmundo

Ações para cuidar de um planeta asfixiado pelo plástico

Ações para cuidar de um planeta asfixiado pelo plástico

Reduzir o uso desse material se tornou o principal desafio ambiental ao lado mudança climática. Consumidores, instituições e empresas começam a tomar medidas
Madrid
Ações para cuidar de um planeta asfixiado pelo plástico
O cachalote achado em uma praia em Múrcia (sudeste da Espanha) em fevereiro estava morto havia 15 dias. Foi no cabo de Palos, perto do farol. Nas fotos feitas pelas equipes de resgate, o animal aparece na beira do mar, sozinho, enorme, deslocado. Um trator rebocou-o para terra. Foi medido e pesado. Seus 6.520 quilos foram levados a um armazém. Dez metros de mamífero inerte ficaram no chão. Uma equipe do Centro El Valle de Recuperação da Fauna Silvestre realizou a necropsia. Colocaram-no de lado e começaram a cortar. Usaram serras, facas e machados. Naquele estado de decomposição, explica Fernando Escribano, um dos veterinários que participaram da operação, não esperavam averiguar grande coisa. A ideia era obter amostras de seus órgãos para analisá-las. Mas enquanto avançavam através da carne e da gordura, posicionados praticamente dentro do animal, descobriram que todo o aparelho digestivo, dos estômagos ao reto, estava cheio de plástico. Tiraram de seu interior 29 quilos de sacos plásticos e de ráfia, cordas, um pedaço de rede, uma bolsa de praia e uma lata. Limparam e classificaram o material. Ao terminar, tinham uma causa mortis clara, a roupa empesteada com o cheiro de gordura rançosa e uma persistente sensação de tristeza.
“Engasgou-se com plástico, e além disso teve a má sorte de comer uma lata. Não foi capaz de expeli-la e isso provocou um tamponamento que paralisou o seu sistema digestivo”, relata Escribano. Pode ter morrido pela obstrução ou porque esses materiais perfuraram-lhe o intestino. Um cachalote dessa idade deveria pesar o dobro. Passava fome com a tripa cheia de plástico. Os veterinários calcularam que era um adolescente, que devia ter 15 anos, dos 70 que essa espécie pode alcançar. Os cachalotes costumam mergulhar a grande profundidade para pescar lulas. “Ele tentava se alimentar, em um dos estômagos tinha uns bicos de lula, mas muito poucos. É a pior morte que há”, comenta o especialista. Dos 2.500 animais vivos que passam a cada ano pelo centro de recuperação, os mais afetados pelo plástico são as tartarugas-amarelas. “É a principal causa de internação dessa espécie, seja por ingestão, ou porque as aletas ficam enredadas em estruturas plásticas. Algumas chegam amputadas”, conta. “Antes o problema era a pesca, agora é o plástico.”
Longe da praia, o gesto cotidiano de voltar do supermercado para casa e colocar a compra em seu lugar começa a ter algo de perturbador para cada vez mais cidadãos. Ambos os cenários estão conectados pelo mesmo desastre, o dos 150 milhões de toneladas de plástico que, segundo estimativas, estão dentro dos oceanos, e cuja massa até 2050 será maior que a dos peixes, de acordo com uma conhecida projeção da Fundação Ellen McArthur, dedicada a promover uma economia circular que rompa a cadeia de usar e jogar fora. Esse exercício de contemplar a quantidade de embalagens, sacolas e potes colocados sobre a mesa da cozinha dá uma ideia da assombrosa capacidade que um só lar tem de gerar refugos plásticos. O problema se agrava quando se leva em conta que, em escala mundial, só 9% de todo o material produzido acaba sendo reciclado. Uma das principais razões é que é mais fácil e barato fabricar do que reciclar.
Nos últimos três anos, o plástico entrou totalmente na agenda política internacional e das multinacionais, que começam a notar a pressão da opinião pública para minimizar ou eliminar o uso do plástico descartável. A Comissão Europeia apresentou no fim de maio sua estratégia para reduzir a poluição por plástico, que deverá ser aprovada pelos países do bloco. Os cotonetes e os pratos e talheres desse material serão proibidos e substituídos por alternativas sustentáveis.
Essas medidas, que também preveem que a indústria se responsabilize em parte pela limpeza e reciclagem do lixo plástico que gera, são só o princípio de uma solução para um problema complexo e global. A migração para uma economia circular, na qual se reutiliza ou se recicla quase todo o material, ainda está acontecendo, assim como o estabelecimento de sistemas de reciclagem eficazes em países que encabeçam a lista dos que mais despejam plástico no mar, como a China, a Indonésia e as Filipinas.
No Brasil, o Rio de Janeiro se tornou a primeira cidade brasileira a aprovar um projeto de lei que proíbe a utilização do canudo de plástico, um dos vilões da natureza, já que demora cerca de cem anos para se decompor. Casa a medida seja sancionada pelo prefeito Marcelo Crivella, os estabelecimentos comerciais terão que usar canudos de papel biodegradável. Preocupados com o danos que os aparentemente inofensivos canudos  podem causar a natureza, artistas como Sérgio Marone, Fernanda Paes Leme, Mateus Solano e Sheron Menezes, resolveram se unir ao movimento #paredechupar. O movimento é inspirado no #stopsucking e tem por objetivo sensibilizar e mobilizar a sociedade, empresas e governos a repensarem seus consumos, e caminhar para o banimento e substituição desses materiais.
A atitude dos consumidores, enquanto isso, começa a mudar as coisas. O caso das sacolas é uma prova clara. A partir de 1º. de julho se cobrará por elas nos comércios do continente, e algumas empresas já percebem que é necessário ir além, como a rede alemã de supermercados Lidl, que as suprimirá de todos os seus estabelecimentos antes do final do ano. Segundo uma pesquisa feita em 2017 pelo Eurobarômetro, 87% dos europeus se preocupam com o impacto ambiental do plástico. Mas isso ainda não se traduz de forma maciça em uma mudança de comportamento no cotidiano. A montanha de embalagens sobre a mesa da cozinha continua aí, e depois, na melhor das hipóteses, é atirada em uma lixeira específica.
Mas podemos viver sem plástico? A resposta curta é não. Desde que seu uso começou a se generalizar, na década de 1950, este material está por toda parte: de autopeças a brinquedos, móveis de escritório, máquinas de diagnóstico médico, frascos de detergente e sacos de batatas fritas. Mas é possível evitar sua utilização desnecessária e reduzir ao máximo o uso de embalagens descartáveis.
Em 2015, Patricia Reina e Fernando Gómez, autores do blog Vivir Sin Plástico, decidiram prescindir ao máximo desse material. “Chegava do supermercado e tinha uma sacola praticamente cheia de embalagens. Eu me sentia mal. E jogar isso no contêiner amarelo para reciclar não representava uma lavagem de consciência para mim”, diz Reina. Começaram a questionar hábitos que até então eram normais para o casal, como “voltar do trabalho cansado e passar no supermercado para comprar sei lá o quê, e, como não tinha levado sacola, pegava uma de lá”, diz Gómez. Começaram o blog para documentar o processo de ir se desfazendo desse material ubíquo: “Guardávamos todos os plásticos que tínhamos acumulado de segunda-feira a domingo, o colocávamos sobre uma mesa e tirávamos uma foto para publicar junto com a lista de tudo o que era. É importante ver tudo junto”, conta Reina. Depois analisaram a procedência, e logo descobriram que sua principal fonte de plástico era a comida. Não se tratava de produtos processados: “Eram sobretudo legumes, sacos de salada, espinafres, vagens, arroz, frutos secos”, enumera.
Nos supermercados é fácil ver um abacate solitário envolto em plástico transparente, ou bananas num saco, ou que na peixaria coloquem os filés recém-cortados em bandejas de poliestireno. Mesmo quando se compra a granel, na maioria dos estabelecimentos é preciso colocar cada grupo de produtos em um saco diferente, e em alguns, além disso, usar luvas do mesmo material para manuseá-los. “O mais complicado foi mudar de hábitos”, afirma Reina. “Antes eu descia ao supermercado quando tinha fome e comprava o que me ocorria. Se você quer viver sem plástico não pode fazer isso, precisa de planejamento. Também nos custou encontrar o lugar onde comprar cada coisa. Mas você se acostuma e torna isso rotineiro.”
Conseguiram colocar todo o plástico gerado por cada um deles ao longo de dois anos em um pote de um litro; algo que por enquanto é bastante insólito. Entretanto, cada vez mais gente parece interessada em seu modelo. “Muitos nos escrevem dizendo que já tomaram a decisão. O importante é reduzir, há muitíssimo que se pode evitar. Não é preciso que você vá viver numa montanha. Continuamos usando o celular e o computador, que também têm plástico. A indústria e os Governos têm sua parcela de responsabilidade. Mas também os consumidores”, diz Reina. Um exemplo desse poder é a campanha Desnude a Fruta, que eles impulsionaram com outras organizações e que funcionou em vários países. Consiste em fotografar um exemplo de embalagem desnecessária – uma única cebola sobre uma bandeja de plástico e coberta de mais plástico, por exemplo –, publicá-la nas redes sociais e mencionar o estabelecimento que as vende. Seu blog está cheio de conselhos sobre como fazer desodorante caseiro ou sobre alternativas em termos de cosméticos e produtos de limpeza doméstica.
Sua luta cotidiana é parte daquele que já virou o principal desafio ambiental do mundo ao lado da mudança climática. A ciência vem apontando a magnitude do problema. Sabe-se, por exemplo, que há pelo menos 700 espécies afetadas pelo plástico, segundo um estudo da Universidade de Plymouth, e que, delas, 17% estão ameaçadas de extinção, como a foca-monge-do-havaí e a tartaruga-amarela. Está demonstrado que o plástico que chega ao mar se fragmenta em muitos pequenos pedaços, que se distribuem em altas concentrações ao redor dos cinco giros subtropicais, enormes massas de água que os transportam a grande velocidade por todos os oceanos. Esses microplásticos infestam mares semifechados, como o Mediterrâneo, e alcançam os lugares mais remotos, praticamente sem população que seja capaz de gerá-los, como o Ártico. Está provado que penetraram na cadeia alimentar dos oceanos e que há plástico até no sal de mesa e na água engarrafada.
Não se sabe, entretanto, qual é o efeito da sua ingestão sobre a saúde humana. Sua inquietante onipresença atravessa os animais maiores, como baleias e cachalotes, e se infiltra nos seres microscópicos. Um estudo publicado há um mês na Nature Communications constata que está afetando inclusive as bactérias. Como explica sua autora principal, Cristina Romera-Castillo, pesquisadora do Instituto de Ciências do Mar, em Barcelona, o plástico libera carbono orgânico dissolvido que se soma ao que se encontra de maneira natural no oceano, e as bactérias se alimentam dele e crescem mais rápido. Ainda não se conhecem as implicações dessa conclusão, mas ela mostra até que ponto o lixo plástico é capaz de alterar o ecossistema marítimo.
Se está tão claro que o uso que se faz do plástico é um problema, o que impede que mais gente se una ao movimento para reduzi-lo? “Em parte é por desconhecimento”, diz Reina. “Preguiça”, decreta Fernando Gómez. “Acham que coisas como levar sempre sua própria sacola é um esforço extra. É difícil mudar a forma de comprar.” Além disso, os produtos alternativos geram certo rechaço. “Há muita resistência em deixar o creme dental ou o desodorante.”
Apesar dessas reticências, a batalha contra o plástico avança com grande rapidez em comparação, por exemplo, com a luta contra a mudança climática. “Todo mundo entende o problema, é mais tangível. Basta ir ao supermercado, à praia…”, diz Ferran Rosa, da ONG Zero Waste Europe, que tem sede em Bruxelas e agrupa 30 entidades de 25 países europeus, dedicadas a reduzir a geração de resíduos. A proposta da Comissão Europeia é um sintoma desse avanço. “É um passo adiante, embora se centre muito na reciclagem e menos na redução de embalagens. Mas há um ano e meio essa legislação era impensável”, comenta. “Apostamos na redução do plástico na origem e achamos que o de um só uso, como talheres e canudinhos, é dispensável. Trata-se de achar soluções mais inteligentes. Por exemplo, nas festas populares, onde há milhares de copos de plástico descartáveis, pode-se instituir um depósito [de cinco reais, por exemplo] pelos copos reutilizáveis”.
Também trabalham para “dessocializar” o plástico de um só uso, transformá-lo em algo que gere rejeição. “Assim como o cigarro antes era visto como algo atrativo e agora se sabe que é prejudicial e é mal visto, acredito que em alguns anos o que agora nos parece normal com o plástico, como beber coquetéis com canudinho, comprar sacolas cada vez que se vai ao supermercado… Será visto como algo marciano.”

Fonte: El País

O enigma da lâmpada que funciona desde 1901

O enigma da lâmpada que funciona desde 1901

BBC
26/06/2018






Direito de imagem LPS.1/WIKIMEDIA COMMONS
Lâmpada Centenária 
A Lâmpada Centenária, que ilumina uma unidade dos bombeiros na Califórnia (EUA) há 117 anos, tem mais de 1 milhão de horas de uso
Ela é uma lâmpada tão famosa que tem a própria página na internet, um perfil no Facebook e até uma câmera exclusiva que a filma dia e noite.
É a Lâmpada Centenária (Centennial Bulb, em inglês), que, segundo o Livro Guinness dos Recordes, é o foco de luz elétrica que há mais tempo está aceso em toda a história.
A lâmpada fica em uma unidade dos bombeiros na cidade de Livermore, na Califórnia (EUA). Ainda no século passado, em 1901, os bombeiros queriam manter iluminados seus alojamentos dia e noite para poderem responder com prontidão quando necessário. Decidiram, então, instalar uma lâmpada.
Ela foi doada por um empresário local e fabricada à mão por uma empresa pioneira no setor.
Décadas se passaram e, exceto breves cortes de energia e duas mudanças, a lâmpada continuou iluminando o ambiente.
Em 2001, quando completou um século, ganhou oficialmente o título de Lâmpada Centenária. E, no dia 18 de junho deste ano, completou 117 anos com mais de 1 milhão de horas de uso. E continua funcionando.
Lâmpada Centenária 
Estima-se que em 117 anos, a lâmpada ficou apagada por apenas 20 minutos
'Operação translado'
Os bombeiros que instalaram a lâmpada no começo do século passado dividiam o escritório com a polícia. Quando ambos os departamento se mudaram, a lâmpada foi levada para a nova unidade.
Em 1976, quando o foco de luz já havia entrado para o Guinness, os bombeiros se mudaram novamente para outra sede.
As autoridades da Califórnia planejaram uma grande operação para cuidar da famosa lâmpada durante o translado.
Para começar, cortaram o cabo por temer que, ao desenroscá-la, poderiam quebrá-la. Depois, um caminhão dos bombeiros e a polícia escoltaram a lâmpada até o novo lugar: a estação número 6 dos bombeiros, onde, ainda hoje, continua iluminando.
Segundo os registros, ela só ficou apagada por um total de 22 minutos, quando foi transferida - e nunca passou um dia inteiro sem funcionar.
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Bombilla moderna  
Os filamentos da lâmpada que funciona desde 1901 são oito vezes mais grossos que os das lâmpadas comercializadas atualmente
Do que é feita a lâmpada que não apaga
A lâmpada centenária foi feita à mão em 1897 pela Shelby Eletronic Company, empresa que já não existe mais. O fundador da empresa, Adolphe Chaillet, era um dos rivais do famoso inventor Thomas Edison.
A lâmpada de Chaillet que entrou para a história mede oito centímetros e tem uma forma mais arredondada que as lâmpadas modernas. Acredita-se que, originalmente, era uma lâmpada de 30 watts. Com o tempo, contudo, enfraqueceu. Atualmente emite uma luz tênue, de aproximadamente 4 watts.
Esse pode ser um dos segredos que ainda a fazem brilhar.
Um ponto considerado chave para explicar por que a lâmpada ainda emite luz está em seu interior. Em 2007, a física Debora Katz, da Academia Naval dos EUA, analisou outras lâmpadas da mesma coleção que a Centenária - que não pode ser trocada pelo receio de que quebre. Ela descobriu duas diferenças significativas em relação às lâmpadas comercializadas atualmente.
Em primeiro lugar, o filamento é oito vezes mais grosso que o de uma lâmpada moderna. Em segundo, que esse filamento, possivelmente feito de carbono, é semicondutor. Assim, quando a lâmpada esquenta, os filamentos se convertem em um condutor mais potente - em contraste com o comportamento de filamentos atuais, que perdem potência quando esquentam.
Teoria da conspiração
Os especialistas também assinalam que, ironicamente, o fato de estar presa no mesmo soquete e jamais ter sido apagada também pode contribuir com a sua longevidade.
O desgaste em acender e apagar lâmpadas incandescentes é maior do que quando ela permanece acesa continuamente. Isso acontece porque os filamentos aquecem e esfriam, fazendo com que o material dilate e contraia, o que provoca o surgimento de microfissuras e reduz a vida útil das lâmpadas.
Apesar dessas explicações, tanto Katz quanto outros especialistas reconhecem que há um certo mistério no fato de a lâmpada estar funcionando há tanto tempo.
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Lâmpada Centenária 
Quando os bombeiros mudaram de sede, cortaram o fio da lâmpada, com receio de que ela quebrasse ao ser desenroscada do soquete
Em 2010, um documentário espanhol sugeriu uma polêmica explicação.
O filme A Conspiração da Lâmpada de Luz (The Light Bulb Conspiracy, em inglês), que em espanhol levou o nome de Comprar, tirar, comprar, afirma que a Lâmpada Centenária seria uma prova do que chamou de "obsolescência programada".
Trata-se da teoria de que produtos são feitos com uma vida útil limitada, para fomentar o consumo. Segundo a documentarista Cosima Dannoritzer, enquanto inventores como Chaillet aspiravam criar lâmpadas de longa duração, um acordo secreto de fabricantes firmado em 1924 teria resultado na decisão de limitar a vida útil dos produtos.
Atualmente, as lâmpadas de LED duram de 25 mil a 50 mil horas. Já as fluorescentes têm vida útil de 6 mil horas e as incandescentes de 1 mil horas.
Em meio à polêmica assinalada pelo filme, a Lâmpada Centenária já dura mil vezes mais do que isso e chega, neste ano, à mesma idade da pessoa mais velha do mundo - Chico Miyako, do Japão, que completou 117 anos este ano. 

Fonte: BBC

Horário da BEE de atendimento ao público no dia 27/06/2018

Horário da BEE de atendimento ao público no dia 27/06/2018

Devido ao jogo do Brasil, a Biblioteca no dia 27/06/2018 (QUARTA-FEIRA) abrirá para atendimento aos usuários somente pela manhã, no seguinte horário de funcionamento:

08h30min às 13h

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Sensor detecta predisposição genética ao câncer de mama

Sensor detecta predisposição genética ao câncer de mama


O sensor eletroquímico de DNA detecta mutações no gene BRCA1, que estão associadas aos tumores de mama triplo-negativos




O professor Bruno Campos Janegitz, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), conquistou menção honrosa na 13ª edição do prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia pelo desenvolvimento de um sensor eletroquímico de DNA que detecta a predisposição genética ao câncer de mama.
Com o tema “Tecnologias para a Economia do Conhecimento”, o prêmio é uma parceria da Unesco e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com a participação de pesquisadores da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
“O prêmio é um incentivo e também uma oportunidade para alguma empresa mostrar interesse em investir no desenvolvimento do produto. Com testes clínicos e mais pesquisa, futuramente poderemos ter um dispositivo que detecta a predisposição de um tipo de câncer de mama a partir de um teste de saliva ou sangue, que acreditamos teria o custo de R$ 70 a R$ 80, algo bastante viável e que poderia salvar muitas vidas”, disse Janegitz, que é coordenador do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) na Universidade Federal de São Carlos, campus Araras.
O sensor eletroquímico de DNA detecta mutações no gene BRCA1, que estão associadas aos tumores de mama triplo-negativos. Esse tipo de câncer ficou conhecido mundialmente em 2013, quando a atriz norte-americana Angelina Jolie se submeteu a duas mastectomias após ter descoberto, a partir de um exame com base no sequenciamento genético, que teria risco de 87% de desenvolver a doença.
Janegitz explica que o trabalho premiado também foi tema da dissertação de mestrado em Física Biomolecular de Laís Ribovski, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), sob sua orientação.
O dispositivo, patenteado pela USP, foi testado com material genético sintético a partir de métodos eletroquímicos. Para obter o diagnóstico de predisposição da doença, o bastão de polímero com um condutor elétrico interno é posto em contato com uma amostra sintética do código genético.
“O que fazemos é pegar parte desse DNA e colocar em contato com o eletrodo. Caso haja a mutação em BRCA1, por exemplo, as bases nitrogenadas vão formar dupla hélice com o eletrodo. Porém, se não houver, não vai dar sinal, não vai ocorrer a formação clássica de dupla hélice do DNA. Assim é possível identificar a predisposição para a doença a partir de diferentes sinais eletroquímicos”, disse Janegitz à Agência FAPESP.
O pesquisador ressalta, no entanto, que o teste indica predisposição, não a ocorrência da doença. “Conseguimos identificar se há a alteração genética, se tem o genótipo. O grande diferencial desse teste é ele ser muito mais barato e consequentemente mais abrangente que o método tradicional por sequenciamento genético do paciente”, disse.

Fonte: EXAME