quinta-feira, 31 de agosto de 2017

China desenvolve super-trem com velocidade de 4 mil km/h

China desenvolve super-trem com velocidade de 4 mil km/h
 
2017-08-31 10:29:39丨portuguese.xinhuanet.com

Wuhan, 31 ago (Xinhua) -- A China desenvolverá uma rede de transporte com velocidade supersônica, chamada de HyperFlight, com uma velocidade projetada de até 4 mil quilômetros por hora, anunciou quarta-feira a Companhia de Ciência e Indústria Aeroespaciais da China (CASIC, em inglês) no Terceiro Fórum Aeroespacial Comercial (Internacional) da China.
A velocidade do HyperFlight será dez vezes a dos trens de alta velocidade tradicionais, e cinco vezes a dos aviões de passageiros, disseram fontes da CASIC no fórum realizado em Wuhan, capital da Província de Hubei, no centro da China.
A velocidade mais alta será de 4 mil km/h, disse.
As fontes disseram que a companhia completaria o programa HyperFlight em três etapas. O primeiro passo será construir uma rede interurbana regional com velocidades de mil km/h. O segundo passo será uma rede nacional ligando os principais agrupamentos de cidades com velocidades de 2 mil km/h, e o terceiro passo, uma rede internacional com velocidade de 4 mil km/ para conectar os países ao longo das rotas do Cinturão e Rota.
O HyperFlight será um novo produto-ícone para a China além dos aeroespaciais, de energia nuclear e trem de alta velocidade, segundo a companhia.
O produto terá um sistema de transporte para reduzir a resistência do ar com um ambiente de baixo vácuo e uma forma supersônica, e adotará suspensão magnética para reduzir a resistência de fricção.
Além da CASIC, apenas algumas companhias, incluindo a HTT e Hyperloop One, ambas nos Estados Unidos, disseram estarem desenvolvendo sistema de transporte com velocidades de mais de mil km/h.
Mao Kai, diretor técnico do projeto HyperFlight, disse que sua companhia associou-se com mais de 20 instituições de pesquisa da China e do exterior, e que já tem 200 patentes nas áreas relacionadas. 

Fonte: Xinhua

Profissionais de TI têm remuneração menos afetada pela crise, diz pesquisa

Profissionais de TI têm remuneração menos afetada pela crise, diz pesquisa
 
Da Computerworld Brasil
31/08/2017 - 11h32
 
Estudo da Page Personnel mostra que os investimentos em tecnologia para melhorias de processos são prioridade para as empresas
 

Uma parcela dos profissionais de suporte à gestão viu seus salários permanecerem estáveis enquanto outra parte foi contemplada com aumento real. É o que revela recente levantamento realizado pela Page Personnel, empresa especializada no recrutamento de profissionais técnicos e de suporte à gestão.
De acordo com o estudo “Remuneração 2017” da companhia, 46% desses profissionais tiveram aumento real no salário em relação a 2015, enquanto 52% dos cargos tiveram apenas reajuste pela inflação. Outros 2% tiveram rendimentos menores em relação à pesquisa anterior. Dos 510 cargos analisados pela companhia, 266 apresentaram remuneração semelhante à verificada em 2015. Foi observado também que 235 dos cargos avaliados registraram rendimentos superiores ao verificado no estudo anterior e apenas nove mostraram salários inferiores ao levantamento de 2015.
“Apesar da crise, alguns setores já mostraram que precisam reforçar sua operação para uma eventual retomada da economia. Há algumas áreas onde já é possível notar esse esforço, como marketing, vendas e varejo. Muitas posições foram sacrificadas e eliminadas num passado recente para equalizar as operações e, agora, há um movimento para buscar mais profissionais em busca do novo ciclo de crescimento. E essa onda faz com que as empresas busquem ao menos oferecer salários mais atraentes tanto na hora da retenção como da atração”, explica Ricardo Basaglia, diretor executivo da Page Personnel.
Para elaborar o estudo, a Page Personnel consultou as informações salariais de 62 mil candidatos de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Curitiba. A partir dessa consulta, a empresa conseguiu traçar a remuneração mensal fixa de 510 cargos em dez setores, listados em faixas salariais mensais fixas que variam de acordo com a experiência do profissional (júnior, pleno, sênior ou coordenador/gerente) e porte da empresa (pequeno, médio ou grande). A empresa também procurou entender como os profissionais enxergam sua carreira, a posição do empregador no seu desenvolvimento profissional e outros fatores que completam a remuneração.
O estudo distribui os cargos nas seguintes áreas de atuação: engenharia, finanças, vendas, bancos e serviços financeiros, marketing, tecnologia da informação, varejo, recursos humanos, propriedade e construção, operações e supply chain e secretariado e business suport.
Tecnologia da informação
O setor de tecnologia da informação não sofreu tanto impacto quanto as outras áreas no período de crise. Mesmo em uma conjuntura de instabilidade, os investimentos em tecnologia para melhorias de processos e eficiência ainda estão nos planos das empresas e os profissionais capazes de entregar as melhores soluções ainda são extremamente bem cotados no mercado.
A área de TI tem uma particularidade diferente: é extremamente mutante. Do ano passado para este, novas tecnologias foram criadas e as antigas caíram em desuso. Por isso, o profissional que está melhor cotado para TI precisa estar sempre atualizado com o mercado e conhecendo ferramentas novas.
“Ao mesmo tempo, empresas de tecnologia, principalmente as startups, tiveram apoio financeiro de multinacionais e incubadoras. A partir disso, as empresas de TI conseguiram investir em profissionais qualificados. Percebemos que a área de tecnologia teve grandes mudanças e as companhias não utilizam mais projetos de entrega a longo prazo e, sim, um método escalonado e mais rápido. Por isso, agilidade e assertividade nas atuações e decisões são fundamentais para o sucesso do profissional de TI”, detalha o diretor executivo da Page Personnel.
O salário de um analista de suporte pleno, em São Paulo, foi o que obteve maior ganho. Saltou de R$ 3,6 mil no ano passado para até R$ 5,3 mil neste ano.
Finanças
No setor de finanças, foram verificados aumentos salariais em áreas de grande demanda — contábil, financeira e fiscal. Nas outras foram um pequeno aumento ou até mesmo queda na remuneração. Paralelamente, a concorrência entre as empresas por profissionais com bons perfis é intensa, não só pelo bom preparo, mas também pelas ferramentas e conhecimentos práticos que podem ser oferecidos, como experiência em cenários complexos e a habilidade de troca de informações e ações com outras áreas.
Os cargos que mais tiveram alterações nas faixas salariais foram os de analistas fiscal e contábil. O salário mensal médio de um analista contábil sênior em empresa de pequeno porte, em São Paulo, saltou de R$ 4,5 mil em 2016 para até R$ 6,7 mil neste ano. No caso dos rendimentos de um analista fiscal júnior, passou de R$ 2 mil no ano passado para até R$ 3,25 mil neste ano.
Daqueles que mais sofreram perdas nesse setor, o destaque negativo ficou por conta do analista de controladoria pleno. A remuneração desse profissional recuou de R$ 4 mil no ano passado para R$ 3,3 mil.
Vendas e marketing
O setor de vendas tem papel determinante em uma empresa. Nesse sentido, quem acabou obtendo destaque na remuneração foi o vendedor júnior de grandes contas (bens de consumo). Em São Paulo, o salário desse trabalhador foi de R$ 1,95 mil para até R$ 3 mil. Outra alta foi do analista de trade marketing no setor de bens de consumo. Os rendimentos desse profissional saltaram de R$ 3,25 mil em 2016 para até R$ 4,25 mil neste ano.
Já a área de marketing registrou um alto número de contratação de profissionais com foco em marketing digital. Já as agências começaram a buscar um colaborador mais analítico, gerenciando toda a prestação de serviço, como tempo de entrega, índice de satisfação, entre outras funções.
Dois cargos na área de comunicação obtiveram mais destaque no período. No ano passado, os rendimentos de um coordenador de comunicação sênior, na capital, chegavam a R$ 5 mil e neste ano passaram para até R$ 9 mil. Os ganhos para o analista de comunicação sênior passaram de R$ 4,15 mil em 2016 para até R$ 7 mil em 2017.  
Varejo
No segmento de varejo não foi notada grande expansão nesse último período. Um dos principais motivos para esse fato é a diminuição do consumo no Brasil, puxado pelo alto nível de desemprego no País. Mesmo assim, há empresas que ainda puderam expandir nesses últimos meses.
Nessa área, os profissionais que apresentaram melhores remunerações foram os profissionais da área de Operações. O salário de um analista sênior pulou de R$ 5,3 mil no ano passado para até R$ 6,9 mil neste ano. 
Engenharia e manufatura
O piso salarial para engenheiros e técnicos demonstrou estabilidade, se comparado ao ano passado. Ainda assim, dada a versatilidade dos engenheiros no Brasil e a escassez de bons perfis entre eles, ainda há aquecimento para contratações no setor.
Os profissionais com nível pleno foram os que registraram maiores altas salariais. O técnico químico em São Paulo teve seus rendimentos avaliados em R$ 3,7 mil no ano passado. Neste ano passou para até R$ 4,75 mil. Já um técnico eletrônico/ eletricista viu seu salário subir de R$ 3,55 mil em 2016 para até R$ 4,25 mil em 2017. 
Imobiliário e construção
As investigações e escândalos de corrupção fizeram com que grandes empresas — incorporadoras, construtoras e empresas de infraestrutura — parassem de investir em profissionais e empreitadas para dar foco na consolidação das obras existentes. As empresas de pequeno e médio porte aproveitaram a oportunidade para investir um pouco mais em novos projetos, já que viram na ausência das grandes empresas a chance de conquistar mercado.
Um arquiteto de projeto júnior em São Paulo recebia em torno de R$ 2,85 mil no ano passado e passou a ter ganhos de até R$ 4 mil neste ano.
Operações e supply chain
As áreas ligadas a operações e logística tiveram uma tensão especial nesses últimos 12 meses. As empresas estão buscando redução de custo, melhor performance e ajuste de produção na área. No entanto, o cenário em 2017 é bem semelhante ao último ano, contemplando pequenas mudanças salariais.
O analista de PCP júnior foi o profissional desse segmento que apresentou melhores ganhos. Em 2016 sua remuneração era de R$ 3,25 mil e foi para até R$ 4 mil neste ano. 
Recursos humanos
A área de RH foi bastante desafiada em 2016 e começo de 2017. Isso forçou o setor a desenvolver novas facetas na frente do negócio. As empresas passaram por mudanças e redefiniram prioridades neste último ano para acompanhar o cenário da economia brasileira. Apesar da crise econômica e da remodelagem das empresas, o segmento conseguiu se movimentar com pouquíssimas quedas salariais.
Um analista de treinamento e desenvolvimento tinha salário de R$ 4,25 mil em 2016 e saltou para até R$ 6,5 mil em 2017. No caso de um analista pleno de desenvolvimento humano e organizacional, os ganhos saltaram de R$ 3,75 mil em 2016 para até R$ 5,5 mil neste ano.
Secretariado e business suport
Para a área de secretariado o ano foi bem difícil, e o segmento ainda é muito dependente do histórico e da relação entre o profissional e a gestão da companhia. Ao contratar um profissional para essas funções, o contratante não prioriza apenas as habilidades mais buscadas de seus candidatos.

Fonte: IDGNow!

Carros flex poluem 30% a mais quando rodam com gasolina

Carros flex poluem 30% a mais quando rodam com gasolina


Quando o preço do etanol aumenta a poluição tende a subir junto
O lançamento do primeiro carro bicombustível no Brasil aconteceu há 14 anos. De lá para cá, quem usa um possante flex passou a ter mais autonomia na hora de encher o tanque. Hoje, os motoristas mais econômicos têm até a equação pronta na cabeça: diz-se que, quando o preço do etanol é até 70% o valor da gasolina, é bom negócio optar pelo produto da cana-de-açúcar. Mais que isso, e o rendimento elevado da gasolina passa a pesar mais na conta – questão de custo-benefício, claro.
Apesar da mudança aliviar o bolso do consumidor, é bom ter em mente que esse é um mal negócio para o planeta. Pesquisadores brasileiros mostraram, em um novo estudo, que trocar o álcool pelo derivado de petróleo pode aumentar em 30% a concentração de partículas ultrafinas na atmosfera. Os poluentes da categoria levam esse nome por causa de seu tamanho: têm diâmetro inferior a 50 nanômetros (nm).
Os dados foram coletados entre janeiro e maio de 2011, no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP), zona oeste da capital paulistana. O período de análise compreendeu uma das crises mais severas que o mercado de combustível enfrentou desde que o álcool caiu no gosto dos brasileiros. À época, uma das causas atribuídas à flutuação dos preços foi o aumento no custo de produção do álcool anidro, composto que é adicionado à gasolina.
Em março de 2011, os preços do etanol batiam recorde em postos por todo o Brasil, sobretudo por causa da alta do açúcar – que diminuía seu uso na produção de combustível. Com o aumento no preço do álcool, a gasolina começou a ser mais requisitada – situação que o Brasil não estava preparado para administrar. A tão sonhada autossuficiência no setor de combustíveis se tornou um sonho mais distante. Em abril do mesmo ano, a Petrobras aumentou as importações de gasolina para suprir as demandas do mercado nacional.
Essa época de flutuações e troca de cenários se encaixou exatamente na análise dos pesquisadores brasileiros. De acordo com estudo publicado no jornal Nature Communications, nos períodos de uso predominante da gasolina, os cientistas notaram aumento de 30% na quantidade de partículas ultrafinas que os carros paulistanos mandavam para a atmosfera. O modelo matemático desenvolvido por um dos pesquisadores do estudo ajudou o grupo a considerar também outras variáveis envolvidas no processo, como presença ou ausência de chuva, direção do vento, intensidade do tráfico, níveis de ozônio (O3), de monóxido de carbono (CO) e de outros poluentes.
Dona da maior frota urbana de carros flex do mundo, São Paulo tem 6 milhões de automóveis, praticamente um para cada duas pessoas. Quem mais sofre com essa estatística é a população da metrópole: 11 mil pessoas morrem por ano de problemas respiratórios, graças à má qualidade do ar.
“Essas nanopartículas poluentes são tão pequenas que se comportam como se fossem moléculas de gás. Quando inaladas, elas podem ignorar a defesa do sistema respiratório e atingir os alvéolos dos pulmões. Potencialmente tóxicas, elas podem entrar na corrente sanguínea e aumentar a incidência de problemas respiratórios e cardiovasculares na população, explicou Paulo Artaxo, em comunicado.
A solução mais plausível, claro, é apostar em alternativas que não se esqueçam do meio ambiente. Além dos biocombustíveis, veículos elétricos ou híbridos também podem ajudar na diminuição dos gases de efeito estufa. “Ao incentivar os biocombustíveis, resolvemos vários problemas de uma vez”, defende Cartaxo. “Nós freamos as mudanças climáticas, os prejuízos à saúde e estimulamos os fabricantes a pensarem em carros movidos a etanol mais eficientes”, completa.

Fonte: EXAME

Carro autônomo freia para balões em teste no mundo real

Carro autônomo freia para balões em teste no mundo real


Mesmo após meses transitando pelo mesmo trajeto urbano, o carro equipado com uma série de radares e sensores se assusta com frequência
Munique – Em um trajeto de teste no trânsito de Berlim, um Jeep Grand Cherokee experimental aciona os freios a cada poucas centenas de metros, como um adolescente nervoso que ainda está aprendendo a dirigir. Em certo sentido, o carro-robô está exatamente na mesma situação.
Mesmo após meses transitando pelo mesmo trajeto urbano de 11 quilômetros, esse SUV equipado com uma série de radares e sensores se assusta com frequência. Entre grama, detritos de rua e um outdoor político, são inúmeras as surpresas que confundem o automóvel, o que mostra a complexidade da direção autônoma na vida real.
“O carro é como um motorista iniciante”, disse Joern Ihlenburg, gerente da unidade de pesquisa e desenvolvimento da fabricante de autopeças Magna International. “Ele não tem nenhuma experiência. Na semana passada um balão azul passou pelo carro, que não entendeu o que era e freou.”
O trajeto do Jeep não se limita apenas a acelerar e parar. O veículo se move de forma constante em torno de uma rotatória com um caminhão conduzido impacientemente logo atrás, o que seria inquietante para muitos motoristas humanos.
No entanto, o desempenho geral mostra como será difícil para os veículos autônomos dominar uma cidade em constante mudança, mesmo em um cenário em que o recurso de mãos livres já está começando a ser usado em rodovias.
A indústria automotiva desenvolveu um ranking para a automação dos veículos e os futuros modelos capazes de realizar viagens totalmente sem motorista lideram a lista com o nível 5.
As fabricantes de veículos de luxo BMW e Mercedes-Benz, uma marca da Daimler, atualmente competem com recursos de nível 2, enquanto a Audi, da Volkswagen, oferece um carro com autonomia próxima do nível 3.
Fornecedoras como Magna, Continental e Delphi Automotive estão em uma disputa igualmente acirrada para fornecer os componentes — câmeras, sensores, radar — e o software para integrá-los e avançar com a tecnologia.
A Magna, que tem sede em Aurora, Ontário, no Canadá, e é a terceira maior fabricante de componentes automotivos do mundo, estima que a receita de sua unidade de direção autônoma dobrará para cerca de US$ 1 bilhão até 2020, segundo o diretor de tecnologia Swamy Kotagiri.
Mas apesar de a ideia digna de ficção científica de permitir que as pessoas viajem em veículos totalmente autônomos dominarem as manchetes, ele acredita que poucos clientes adotarão a tecnologia de ponta em um futuro próximo.
“Estou confiante” de que haverá carros altamente ou totalmente automatizados operando em “áreas geolimitadas muito em breve”, disse Kotagiri a jornalistas, em Berlim. Mas e quanto a áreas com muitas pessoas ou veículos movendo-se em diferentes velocidades e direções? “Não.”
O Jeep carrega a unidade de direção autônoma MAX4 da Magna sob o porta-malas traseiro e suas viagens são programadas por meio do sistema de navegação do painel de controle.
As dificuldades do carro para coexistir com outros usuários nas ruas ficam claras quando um caminhão que está a uma distância confortável à frente entra lentamente na pista do SUV e os passageiros são sacudidos por outra freada.
Além disso, o Jeep é o veículo mais lento do trânsito já que o computador precisa respeitar o limite de velocidade urbano, de 50 quilômetros por hora.
A Magna estima que até 2025 apenas 4 por cento dos carros serão equipados com tecnologia nível 4 como a MAX4. Esse sistema estará pronto para o teste de integração em carros em linhas de produção comuns a partir do fim de 2018 e serão necessários mais dois a três anos para que seja disponibilizado comercialmente, disse Kotagiri.
O desenvolvimento da tecnologia ajudará a Magna a ajustar outros produtos que estão mais próximos de chegar ao mercado em breve, disse ele.
“Nós acreditamos firmemente que, se não forem feitos os níveis 4 e 5, não será possível tornar os níveis 2 e 3 efetivos”, disse ele. “Sem entender o todo não se pode fazer as peças adequadamente.”
Gráfico da Bloomberg sobre carro-robô
(Gráfico/Bloomberg)

Fonte: EXAME

Estudo revela que as pessoas estão com medo dos veículos autônomos

Estudo revela que as pessoas estão com medo dos veículos autônomos


A Intel fez um estudo para verificar como as pessoas estão reagindo e o quanto elas estão propensas a utilizar um veículo autônomo – e os últimos resultados revelaram que os humanos ainda têm medo dos carros que saem andando sem um motorista.
De acordo com o “Intel Trust Interaction Study” (Estudo de Interação de Confiança), as pessoas ainda estão bastante temerosas em relação aos carros-robôs. A pesquisa foi feita com pessoas que não tinham experiência prévia com veículos desse tipo e foram convidadas a andar em um.
Segundo a companhia, são sete aspectos que têm um papel fundamental nesse sentimento.

O primeiro deles é que, apesar de acreditar que os autônomos poderão contribuir com a segurança, ainda existe uma grande preocupação em relação a forma como eles vão reagir a situações como uma fechada ou outros cenários mais imprevisíveis.
Logo depois vem a questão de andar sem qualquer tipo de interação com o sistema que está conduzindo o carro, o que pode fazer com que, caso não haja algum entretenimento eficiente para prender a atenção, pode fazer com que a viagem fique chata.
As pessoas também temem que as empresas e montadoras não consigam encontrar um equilíbrio entre comunicar o suficiente ou comunicar demais quando se trata das informações que o sistema deve dar aos passageiros, como as tomadas de decisão, mudanças de rota ou qualquer outro detalhe minucioso. Enquanto o compartilhamento dessas informações por parte do carro dê confiança e tranquilidade aos ocupantes, se for demais pode atrapalhar.

Não saber como a tecnologia realmente funciona também causa apreensão nas pessoas e a parte de comunicação por voz entre o veículo e os passageiros é outra preocupação.
Por fim, alguns participantes do estudo revelaram que, apesar de não seguirem as leis estritamente, eles ficaram curiosos em saber como o carro vai se comportar em situações em que existem brechas.
Fonte(s): Autoblog 
 
Fonte: Tecmundo

Estudo explica como Sonar de embarcações militares está matando baleias

Estudo explica como Sonar de embarcações militares está matando baleias


Um estudo publicado ontem (30) por um grupo de pesquisadores do Marine Ecology and Telemetry Research detalhou a ligação entre o Sonar de embarcações militares e a morte de baleias-bicudas-de-cuvier na costa norte-americana. A pesquisa foi realizada por conta do aumento significativo da ocorrência de animais mortos dessa espécie (Ziphius cavirostris) nas praias do país nas últimas décadas.
Baleias podem sofrer com os efeitos da descompressão repentina, o que causa a formação de bolhas no sangue e na pele
O que os pesquisadores descobriram é bem sinistro: quando algum navio, submarino ou qualquer outra embarcação usa sonar do tipo MFAS, baleias localizadas dentro de um raio de 50 km do ponto de emissão ficam praticamente loucas com o ruído e mergulham muito mais fundo do que seus corpos poderiam suportar na esperança de escapar do barulho. Se o Sonar não for desligado rapidamente, elas tentam ficar muito mais tempo em profundidade do que poderiam e, quando não aguentam mais, sobem com muita urgência à superfície. É nessa subida que as fatalidades acontecem. Assim como humanos, baleias podem sofrer com os efeitos da descompressão repentina, o que causa a formação de bolhas no sangue e na pele.
As chances de isso causar a morte são altas e, quando não acontece, sequelas graves podem permanecer, prejudicando a continuidade da vida dos animais. Em termos leigos, é como se o sangue das baleias fervesse repentinamente quando elas sobem rápido à superfície para respirar.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores colocaram tags de GPS em 16 baleias dessa espécie em específico e as monitoraram por até 88 dias na costa norte-americana. Os satélites conseguiram determinar com precisão os momentos de mergulho, bem como a profundidade de todos os animais rastreados. Essas informações foram cruzadas com os dados de uso de Sonar da marinha dos EUA e, com isso, a ligação entre o uso do mecanismo de navegação e a morte de baleias foi detectada.
Segundo o estudo, os efeitos mais severos foram registrados quando as baleias estavam em um raio de até 50 km da fonte do Sonar, mas todos os animais dentro de 100 km também apresentaram comportamentos incomuns, especialmente quando havia mais de uma embarcação com Sonar ligado na região.
Você pode ler todo artigo científico (em inglês) dos pesquisadores através deste link.

Fonte: Tecmundo

Do 1 ao 10: confira um vídeo com a evolução do Windows e mate sua saudade

Do 1 ao 10: confira um vídeo com a evolução do Windows e mate sua saudade


O Windows fez 35 anos no ano passado e continua firme e forte com o Windows 10, que está sendo adotado cada vez mais a cada dia. Hoje, o canal oficial da Microsoft Brasil no YouTube publicou um vídeo que mostra a evolução desse sistema operacional, desde sua primeira edição até a que é usada nos dias de hoje, passando por versões que deixaram saudades em seus usuários.
Além do próprio sistema, podemos relembrar alguns programas que marcaram a história do Windows, como os jogos Reversi, Campo Minado e 3D Pinball, versões antigas do Internet Explorer e do Windows Media Player, um rápido relance do Word 97, o clássico MSN Messenger e uma das saudosas proteções de tela do SO.
Por fim, chegamos até o recente Microsoft Edge e, claro, a Cortana, a assistente virtual presente no Windows 10, que acessa coisas mais recentes como o OneDrive e o Microsoft Word Online. Confira o vídeo a seguir e prepare-se para muita nostalgia:

 
Fonte: Tecmundo

Por que a Amazônia é vital para o mundo?

Por que a Amazônia é vital para o mundo?

31/08/2017
DW 

Floresta leva umidade para toda a América do Sul, influencia regime de chuvas na região, contribui para estabilizar o clima global e ainda tem a maior biodiversidade do planeta.


A decisão do governo brasileiro neste mês de extinguir a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), abrindo uma área na Amazônia do tamanho do território da Dinamarca para exploração mineral, recebeu críticas acirradas não só de ambientalistas, mas também repercutiu fortemente na mídia internacional antes de ser suspensa pela Justiça Federal.
A CNN, por exemplo, criticou a medida e lembrou que o desmatamento e a mineração estão destruindo a floresta num ritmo impressionante. Mas, afinal, por que a preservação da Floresta Amazônica interessa tanto ao mundo? O fato é que a Amazônia influencia o equilíbrio ambiental de todo o planeta e tem papel fundamental na economia do Brasil. Entenda por quê.
Regime de chuvas
A área da Floresta Amazônica, ao contrário de ser improdutiva, produz imensas quantidades de água para o restante do país. Os chamados "rios voadores", formados por massas de ar carregadas de vapor de água gerados pela evapotranspiração na Amazônia, levam umidade da Bacia Amazônica para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Esses rios voadores também influenciam chuvas na Bolívia, no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e até no extremo sul do Chile. A umidade vinda da Amazônia e os rios da região alimentam regiões que geram 70% do PIB da América do Sul.
Segundo estudos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, uma árvore com copa de 10 metros de diâmetro pode bombear para a atmosfera mais de 300 litros de água em forma de vapor por dia – mais que o dobro da água usada diariamente por um brasileiro. Uma árvore maior, com copa de 20 metros de diâmetro, pode evapotranspirar mais de 1.000 litros por dia, bombeando água e levando chuva para irrigar lavouras, encher rios e as represas que alimentam hidrelétricas no resto do país.
Assim, preservar a Amazônia é essencial para o agronegócio – o mesmo que devasta a floresta –, para a produção de alimentos e para gerar energia no Brasil.
O desmatamento prejudica a evapotranspiração e, por consequência, a rota desses rios, podendo afetar assim o regime de chuvas no restante do país e diversas atividades econômicas. Como resultado do desmatamento, até 65% da Amazônia corre o risco de se transformar em savana ao longo dos próximos 50 anos.
Além disso, o Rio Amazonas é responsável por quase um quinto das águas doces levadas aos oceanos no mundo.
Mudanças climáticas
A Amazônia e as florestas tropicais, que armazenam de 90 bilhões a 140 bilhões de toneladas métricas de carbono, ajudam a estabilizar o clima em todo o mundo. Só a Floresta Amazônica representa 10% de toda a biomassa do planeta.
Já as florestas que foram degradadas ou desmatadas são as maiores fontes de emissões de gases do efeito estufa depois da queima de combustíveis fósseis. Isso porque as florestas saudáveis têm uma imensa capacidade de reter e armazenar carbono, mas o desmatamento para o uso agrícola ou extração de madeira libera gases do efeito estufa para a atmosfera e desestabiliza o clima.
Vale lembrar que 2016 foi o terceiro ano consecutivo a ser considerado o mais quente da história. O Acordo de Paris, cujo objetivo é manter o aquecimento da temperatura média do planeta abaixo de 2°C, passa necessariamente pela preservação de florestas.
Dados da ONU de 2015 mostram o Brasil como um dos dez países que mais emitem gases do efeito estufa no mundo, com 2,48% das emissões. Para cumprir suas metas de redução de emissões dentro do acordo internacional, o Brasil se comprometeu a alcançar, na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030 e a compensação das emissões de gases de efeito de estufa provenientes da supressão legal da vegetação até 2030.
Equilíbrio ambiental
Como a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia possui a maior biodiversidade, com uma em cada dez espécies conhecidas. Também há uma grande quantidade de espécies desconhecidas por cientistas, principalmente nas áreas mais remotas. Assegurar a biodiversidade é importante porque ela garante maior sustentabilidade natural para todas as formas de vida, e ecossistemas saudáveis e diversos podem se recuperar melhor de desastres, como queimadas.
Preservar a biodiversidade amazônica, portanto, quer dizer contribuir para estabilizar outros ecossistemas na região. O recife dos corais da Amazônia, por exemplo, um corredor de biodiversidade entre a foz do Amazonas e o Caribe, é um refúgio para corais ameaçados pelo aquecimento global por estar em uma região mais profunda.
Segundo o biólogo Carlos Eduardo Leite Ferreira, da Universidade Federal Fluminense, esse recife poderá ajudar a repovoar áreas degradadas dos oceanos no futuro, mas petroleiras Total e BP têm planos de explorar petróleo perto da região dos corais da Amazônia, ameaçando assim esse ecossistema.
A biodiversidade também tem sua função na agricultura: áreas agrícolas com florestas preservadas em seu entorno têm maior riqueza de polinizadores, dos quais depende a produção de alimentos, como café, milho e soja.
Produtos da floresta
As espécies da Amazônia também são importantes pelo seu uso para produzir medicamentos, alimentos e outros produtos. Mais de 10 mil espécies de plantas da área possuem princípios ativos para uso medicinal, cosmético e controle biológico de pragas.
Neste ano, uma pesquisa da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo, mostrou que a planta unha-de-gato, da região Amazônica, além de ser utilizada para tratar artrite e osteoartrose, reduz a fadiga e melhora a qualidade de vida de pacientes em estágio avançado de câncer.
Produtos da floresta são comercializados em todo o Brasil, como açaí, guaraná, frutas tropicais, palmito, fitoterápicos, fitocosméticos, couro vegetal, artesanato de capim dourado e artesanato indígena. Produtos não-madeireiros também têm grande valor de exportação: castanha do Brasil, jarina (o marfim vegetal), rutila e jaborandi (princípios ativos), pau-rosa (essência de perfume), resinas e óleos.

Fonte: DW

I Simpósio de Tecnologias Nucleares será realizado dia 04 de Setembro


I Simpósio de Tecnologias Nucleares será realizado dia 04 de Setembro
 I Simpósio de Tecnologias Nucleares será realizado dia 04 de Setembro

O I Simpósio de Tecnologias Nucleares, que será realizado no dia 04 de setembro, na Escola de Guerra Naval (EGN) - Av. Pasteur, 480 - Urca - Rio de Janeiro (RJ), está sendo organizado pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, em conjunto com a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN).
O evento tem por objetivo a identificação e a discussão de temas relacionados à pesquisa, o desenvolvimento e o emprego de tecnologias nas diversas atividades nucleares, bem como a difusão de informações sobre o uso da energia nuclear como geradora de benefícios para a sociedade. Para tanto, o evento contará com a seguinte agenda:
08:15 - 08:50 - Credenciamento
09:00 - 09:30 - Abertura
09:40 - 10:55 - Painel 1 - Ciclo do Combustível
10:55 - 11:15 - Coffee break
11:15 - 12:30 - Painel 2 - Tecnologias Nucleares
12:40 - 13:55 - Brunch (Biblioteca da EGN)
14:00 - 15:20 - Painel 3 - Reatores Modulares I
15:20 - 15:40 - Coffee break
15:40 - 16:55 - Painel 4 - Reatores Modulares II
17:00 - 17:15 - Encerramento
Para maiores informações e a realização da inscrição disponibilizamos o e-mail simposionuclear@marinha.mil.br. Para que sua inscrição seja efetuada, é solicitado encaminhar, preferencialmente até o dia 29/AGO, as seguintes informações:
Instituição
Área de atuação
Nome completo
Nome para crachá
Posto/Graduação (militar) ou Enquadramento Funcional (civil)
RG
E-mail
A programação detalhada pode ser encontrada neste link.

Como formigas criam 'balsas' para sobreviver às inundações causadas pela tempestade Harvey

Como formigas criam 'balsas' para sobreviver às inundações causadas pela tempestade Harvey

BBC
31/08/2017
Rede de formigas de fogo 
Não é lama, mas sim milhares de formigas | Foto: @The_Reliant/Twitter
Entre as imagens das enchentes provocadas pela passagem da tempestade Harvey pelo Texas, chamou a atenção uma foto que mostra as águas barrentas de um rio.
Isso porque se trata de uma ilusão de ótica: a "lama" nada mais é que uma crosta de formigas-de-fogo, que encontraram na união de esforços uma forma de evitar o afogamento.
Usando seus próprios corpos, os insetos se empilham para criar uma espécie de balsa e flutuam pelas áreas inundadas. E embora entomologistas digam que se trata de um comportamento comum da espécie, as imagens da "mancha" logo se espalharam pelas redes sociais.
Segundo Jim Hardie, especialista da Royal Entomological Society, em Londres, explica à BBC que as balsas podem ser formadas por até 100 mil formigas.
Com a gordura de seus corpos, elas criam uma rede resistente à água que protege a rainha do grupo. E, assim, viajam em busca de um novo local para cavar seus formigueiros.
Rede de formigas de fogo 
 Imagem compartilhada por Bill O'Zimmermann via Twitter | Foto: @The_Reliant/Twitter
Mas não há sacrifícios fatais dos súditos: as formigas criam um sistema de bolsas de ar, que aquelas que ficam na parte de baixo usam para respirar.
"As formigas da parte de baixo estão bem", assegura Hardie.

Membrana

Para manter a integridade da rede, as formigas produzem uma espécie de membrana que já chamou a atenção de cientistas por causa do potencial aproveitamento na engenharia.
"Elas são duras na queda. Têm contingências para tudo, até para furacões", diz Hardie.
Formiga de fogo 
Formigas ganharam nome popular por causa de dor causada por picadas | Foto: Biosecurity Queensland
Para sobreviver enquanto flutuam, as formigas praticam um certo tipo de canibalismo - se alimentam de suas próprias larvas. Em terra firme, porém, voltam à dieta ornívora normal, que vai inclui ovos de outros insetos, carne, sementes e até lixo humano.

Cuidado!

As formigas-de-fogo (solenopsis invicta) receberam esse apelido por causa da dor causada por suas picadas. Originária da América do Sul, a espécie chegou acidentalmente aos EUA no início do século 20, e ocorre também por Austrália e China, entre outros países.
Direito de imagem Getty Images
Formiga de fogo  
Espécie é conhecida pela agressividade
Se incomodadas, são agressivas e podem atacar animais domésticos e mesmo o gado. E, quando picam uma vítima, emitem sinais para que outras formigas também a ataquem.

Fonte: BBC

EUA aprovam 'droga viva', 1ª terapia contra câncer que reestrutura sistema imunológico do paciente

EUA aprovam 'droga viva', 1ª terapia contra câncer que reestrutura sistema imunológico do paciente

31/08/2017
Direito de imagem Novartis
Kymriah 
Kymriah é droga que usa tecnologia da imunoterapia para tratar o câncer
Os Estados Unidos aprovaram o primeiro tratamento que reestrutura o sistema imunológico do paciente para atacar o câncer.
A agência reguladora de medicamentos do país - a FDA - diz que a decisão foi um momento "histórico" e que a medicina agora "entra em uma nova fronteira".
A companhia Novartis cobra US$ 475 mil (R$ 1,5 milhão) pela terapia da "droga viva", que deixa 83% das pessoas livres de um tipo de câncer no sangue.
A droga é fabricada sob medida para cada paciente, ao contrário de terapias convencionais contra o câncer, como a cirurgia e a quimioterapia.
Chama-se CAR-T e é feita a partir da extração de leucócitos - glóbulos brancos - do sangue do próprio paciente.
Os leucócitos são então geneticamente reprogramados para serem capazes de buscar e matar o tumor.
As células modificadas são, então, reinseridas no paciente e, quando encontram o alvo, se multiplicam.

'Extremamente emocionante'

Scott Gottlieb, do FDA, afirmou: "Estamos entrando numa nova fronteira na inovação médica com a habilidade de reprogramar as células do próprio paciente para atacar um câncer mortal".
"Novas tecnologias tais como as terapias genéticas e celulares têm o potencial de transformar a medicina e criar um ponto de inflexão em nossa capacidade de tratar e até curar muitas doenças intratáveis".
A terapia, que será comercializada pelo nome Kymriah, será usada contra a leucemia linfoblástica aguda.
A maioria dos pacientes responde à terapia tradicional, e o Kymriah foi aprovado para o caso de doentes que não respondem ao tratamento.
Stephan Grupp, que tratou da primeira criança com o CAR-T no Hospital das Crianças na Filadélfia, diz que a nova terapia respondeu de forma "extremamente emocionante".
"Nunca tínhamos visto algo assim antes", acrescentou.
O primeiro paciente a se beneficiar do tratamento chegou perto de morrer, mas está livre do câncer há mais de cinco anos.
Dos 63 pacientes tratados com a terapia CAR-T, 83% entraram em remissão em um prazo de três meses, e informações de longo prazo ainda estão sendo coletadas.
No entanto, a terapia tem riscos. Ela pode causar a síndrome da liberação de citocinas, uma condição grave causada pela rápida proliferação das células CAR-T no corpo. Ela pode ser controlada com o uso de drogas.

Nova era

Mas o potencial tecnológico do CAR-T vai além de apenas um tipo de câncer.
David Maloney, diretor médico de imunoterapia celular do Centro de Pesquisa de Câncer Fred Hutchinson, afirmou que a decisão da FDA foi um "marco".
"Acreditamos que este é apenas o primeiro de vários novos tratamentos com base em imunoterapia para uma variedade de tipos de câncer".
A tecnologia CAR-T se mostrou promissora contra diferentes tipos de câncer sanguíneo.
No entanto, ela não tem apresentado resultados tão promissores contra "tumores sólidos" como o câncer de pulmão ou de pele.
"Os resultados não foram tão incríveis quando você o compara com o da leucemia linfoblástica aguda, mas tenho certeza que a tecnologia irá melhorar num futuro próximo", afirmou Prakash Satwani, um oncologista pediátrico da Universidade Médica de Columbia, nos Estados Unidos.
Estimular o sistema imunológico já é uma das estratégias básicas dos tratamentos modernos de câncer.
Uma variedade de drogas que "retira o freio" do sistema imunológico para fazê-lo atacar o tumor já vem sendo adotada ao redor do mundo.
A tecnologia CAR-T, que dá um passo adiante e reestrutura o sistema imunológico, está num estágio mais inicial.
Peter Johnson, o diretor médico da ONG Cancer Research UK, afirmou: "A primeira terapia celular geneticamente modificada a ser aprovada pelo FDA é um importante avanço".
"Ainda temos muito a aprender sobre como usá-la com segurança e sobre quem pode tirar proveito dela, então é importante reconhecer que este é apenas o primeiro passo." 

Fonte: BBC