quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Enquanto ciência for vista como despesa, país não vai avançar, diz secretário do MCTIC

Enquanto ciência for vista como despesa, país não vai avançar, diz secretário do MCTIC

Em audiência no Senado, Jailson de Andrade defendeu a "qualificação" dos gastos públicos. Já os presidentes do CNPq e da Finep pediram a preservação dos recursos do FNDCT, considerados a "gasolina" da ciência brasileira.

Por Ascom do MCTIC
Publicação: 22/11/2016 | 17:00
Última modificação: 23/11/2016 | 20:08
O secretário Jailson de Andrade, o presidente do CNPq, Mário Borges, e o presidente da Finep, Marcos Cintra, participaram de audiência pública no Senado.
Crédito: Ascom/MCTIC

Ciência, tecnologia e inovação precisam ser reconhecidas pelo Congresso Nacional como investimento para o desenvolvimento do país e não como despesa. A declaração foi feita pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Jailson de Andrade, durante audiência pública nesta terça-feira (22) no Senado Federal.
"Enquanto ciência e tecnologia forem vistas como despesa, certamente, o país não vai avançar. Ciência, tecnologia e inovação precisam ser vistas como investimento, e o Senado Federal e a Câmara dos Deputados têm um papel extremamente importante para afirmar isso. O Congresso Nacional pode dar visibilidade ao tema e ajudar a reordenar o sistema de ciência e tecnologia e o financiamento dessa área no país", disse.
Na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado, o secretário mencionou o momento crítico de ajuste fiscal que o país atravessa, mas defendeu o que chamou de "qualificação" de investimentos. "Precisamos qualificar o gasto público, garantir o que for aprovado chegue, de fato, na ponta, seja em educação, saúde ou ciência e tecnologia. No momento em que tivermos foco e qualificação nos gastos públicos, certamente, será possível fazer reajustes dentro do sistema sem grandes traumas."
FNDCT
No debate, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Borges, afirmou que os recursos do Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia (FNDCT) alimentam ações e programas de pesquisa, como a Chamada Universal, que ele considera a "gasolina" da ciência brasileira. O edital tem por objetivo democratizar o fomento à pesquisa cientifica e tecnológica no país, contemplando todas as áreas do conhecimento. Segundo Borges, o Fundo tem impacto positivo na "ponta da ciência" nacional.
"As redes de pesquisa estão em todo o Brasil. O CNPq está em todos os cantos do país, o que mostra a sua capilaridade. Com a Chamada Universal, atendemos cerca de 5 mil pesquisadores e laboratórios no território nacional e uma série de atividades passam a funcionar envolvendo, por exemplo, as bolsas de iniciação científica", explicou.
Outro ponto importante destacado por ele é a inserção de pesquisadores em empresas nacionais. De acordo com o presidente do CNPq, a maior parte dos pesquisadores está, hoje, nas universidades, mas com o auxílio de bolsas e os recursos do FNDCT, aumentou o contingente desses profissionais nas empresas do país.
"Por meio do programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), o CNPq alcançou 2.172 pesquisadores, sendo que 767 tornaram-se colaboradores diretos de empresas. São mestres qualificados se encaixando no mercado de trabalho. Esse é um programa que pode ser totalmente ampliado, desde que não tenhamos contingenciamento do FNDCT e mantenhamos a regularidade nos recursos", avaliou.
Criado em 1987, o RHAE é uma parceria do MCTIC e do CNPq. Desde 2007, é destinado à inserção de mestres e doutores em empresas privadas, preferencialmente de micro, pequeno e médio porte.
Diminuição
Ao longo da história, a arrecadação do FNDCT sofreu "vários golpes", nas palavras do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra. "Estamos em 2016 com um valor de pagamentos e desembolsos próximos ao da década de 70 e semelhante ao de 80. Apesar disso, construímos uma estrutura de ciência e tecnologia que nos colocou como o 14º país produtor mundial de conhecimento científico e o 76º em inovação. Imaginem o que não seria esse país se tivéssemos conseguido manter uma trajetória ascendente, se o FNDCT tivesse cumprido o papel para o qual foi criado", ressaltou.
Ele criticou o sistema de governança do fundo setorial, que, na sua avaliação, deve ter a estrutura repensada para desburocratizar e acelerar processos. "A ciência caminha mais rápido que o crescimento econômico, que é onde se reproduz o capital. Na ciência, a gente produz capital econômico e humano", disse.
Para o presidente da Finep, o sistema de ciência e tecnologia nacional se equipara ao de países desenvolvidos, mas precisa ser olhado com atenção para contribuir para o desenvolvimento. "Nosso sistema se assemelha ao de países razoavelmente desenvolvidos como Canadá, Espanha e Itália, e superamos a todos os do Brics. Mas somos obrigados a concluir que estamos caminhando para sua insustentabilidade, caso a política adotada perdure como nos últimos anos", alertou.
Debate público
Esta foi a quinta e última audiência sobre a aplicação do FNDCT, eleito pela comissão do Senado como política pública prioritária para 2016. O debate envolve, também, o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), tema abordado pelo diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, em junho. Os requerimentos para o debate foram apresentados pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pelo senador Lasier Martins (PDT-RS), presidente da CCT.
 
Fonte: MCTIC


Realidade virtual pode aumentar sua produtividade no trabalho

Realidade virtual pode aumentar sua produtividade no trabalho

Por Seth Porges.
Se você estiver disposto a usar um headset e fones de ouvido, a realidade virtual pode fazer com que você mergulhe em outro mundo. Esse teletransporte é ótimo para jogar videogames, mas também me fez pensar: será que os efeitos dos redutores de distração da RV podem transportar um trabalhador comum de um escritório sem divisórias para longe de colegas conversadores e talvez contribuir para a concentração e a produtividade no processo?
Após experimentar diversos aplicativos de software que levam o computador para a realidade virtual e conversar com os primeiros usuários que passaram meses trabalhando nesses ambientes, tenho certeza de que a RV pode aumentar a produtividade pelo menos de alguns trabalhadores. Pense nessa tecnologia como uma tela enorme que envolve sua cabeça e proporciona a maior configuração de múltiplos monitores do mundo.
“Eu trabalho em um escritório sem divisórias, com o barulho normal e lâmpadas fluorescentes, e trabalhar na RV me ajuda a me desconectar disso e focar apenas no meu trabalho, exatamente no ambiente que eu quero”, disse Jack Donovan, engenheiro de software que costuma usar um headset de RV Oculus Rift para trabalhar, em Nova York. “Tenho trabalhado assim há uns quatro meses e isso ajuda muito em tarefas como codificação, em que eu preciso estar hiperconcentrado em algo e evitar distrações.”
O Virtual Desktop, o Envelop e o Bigscreen são alguns dos aplicativos mais notáveis que podem transportar seu computador para um mundo virtual. Os três programas só funcionam atualmente com Windows e necessitam de um equipamento de RV de ponta conectado ao PC, como um Oculus Rift ou HTC Vive.
O Virtual Desktop é o mais básico dos três e dá aos usuários uma tradução em RV dos elementos essenciais do computador. Basicamente, ele parece um ambiente de trabalho envolvente que é muito maior do que qualquer monitor disponível no mercado. Por ser o aplicativo de RV para computador mais simples, o Virtual Desktop é ideal para quem quer a experiência de uma tela grande sem uma curva de aprendizagem excessiva.
O Envelop aproveita melhor os recursos de RV porque possibilita que os usuários posicionem aplicativos em um espaço tridimensional. “Se você pensar no monitor do computador como uma janela para um mundo virtual, usar o Envelop é como estar do outro lado dessa janela”, disse Donovan. “Você pode realmente ‘tocar’, mover e manipular seus aplicativos” sem a barreira de um monitor, acrescentou ele.
O Bigscreen foi elaborado para um trabalho mais colaborativo. O programa cria um ambiente virtual compartilhado (completo, inclusive com sofás virtuais), onde outros usuários em lugares remotos podem entrar e compartilhar uma tela. “Eu gosto porque ele deixa você escolher um ambiente que ajuda a criar o clima de acordo com o que você está trabalhando”, disse Donovan. “Então você pode optar por trabalhar sentado em um terraço ou em uma praia ou em uma mansão vitoriana com uma lareira.”

Fonte: Bloomberg

Computador de empresa do Google ‘sonha’ para aprender melhor

Computador de empresa do Google ‘sonha’ para aprender melhor

Por Jeremy Kahn.

Talvez os androides não sonhem com ovelhas elétricas, como o escritor de ficção científica Philip Dick imaginou. Mas o mais novo sistema de inteligência artificial da DeepMind, uma divisão do Google, de fato sonha, pelo menos metaforicamente, em encontrar maçãs em um labirinto.
Pesquisadores da DeepMind escreveram em um artigo científico publicado na internet na quinta-feira que deram um salto na velocidade e no desempenho de um sistema de aprendizagem de máquina. Isso foi possível, entre outras coisas, dando à tecnologia atributos que funcionam de maneira similar à forma como se imagina que os animais sonham.
O artigo explica como o novo sistema da DeepMind — chamado agente Unsupervised Reinforcement and Auxiliary Learning, ou Unreal — aprendeu a dominar um jogo de labirinto tridimensional chamado Labyrinth dez vezes mais rapidamente que o melhor software de IA existente. Ele agora pode jogar esse jogo a 87 por cento do desempenho dos seres humanos especialistas, afirmaram os pesquisadores da DeepMind.
“Nosso agente é muito mais rápido de treinar e requer muito menos experiência do mundo para treinar, por isso utiliza os dados com muito mais eficiência”, escreveram os pesquisadores da DeepMind, Max Jaderberg e Volodymyr Mnih, por e-mail. Eles disseram que o Unreal possibilitará que os pesquisadores da DeepMind realizem experimentos com novas ideias muito mais rapidamente porque o sistema leva menos tempo para ser treinado. A DeepMind já viu seus produtos de IA obterem resultados altamente respeitáveis ensinando a si mesmos a jogar videogames, principalmente o antigo jogo Breakout, do Atari.
Labirinto e maçãs
O Labyrinth é um ambiente de jogo desenvolvido pela DeepMind vagamente inspirado no estilo de design usado pela famosa série de videogame Quake. Trata-se de uma máquina que tem que atravessar caminhos em um labirinto, marcando pontos ao colher maçãs.
Um dos meios utilizados pelos pesquisadores para obter seus resultados foi fazer com que o Unreal assistisse novamente às suas próprias tentativas anteriores no jogo, concentrando-se especialmente nas situações em que havia marcado pontos. No artigo, os pesquisadores compararam isso à maneira como “os animais sonham com acontecimentos em que obtiveram recompensas positivas ou negativas com mais frequência”.
Os pesquisadores também ajudaram o sistema a aprender mais rapidamente solicitando que ele maximizasse vários critérios diferentes ao mesmo tempo, e não que apresentasse apenas sua pontuação geral no jogo. Um desses critérios tinha a ver com o quanto ele podia fazer seu ambiente visual mudar realizando diversas ações. “A ênfase está em aprender como suas ações afetam o que você vai ver”, disseram Jaderberg e Mnih. Eles afirmaram que isso também é semelhante ao modo como os recém-nascidos aprendem a controlar o próprio ambiente para obter recompensas – como uma maior exposição a estímulos visuais, com um objeto brilhante ou colorido, que eles acham agradável ou interessante.
Jaderberg e Mnih, que estão entre os sete cientistas que trabalharam no artigo, disseram que é “cedo demais para falar sobre aplicações do Unreal ou de sistemas similares no mundo real”.

Fonte: Bloomberg

Cientistas criam intestino funcional em laboratório

Cientistas criam intestino funcional em laboratório


Uma equipe de cientistas do Cincinnati Children's Hospital, em Ohio, nos Estados Unidos, conseguiu criar um tecido intestinal totalmente funcional a partir de células-tronco. Os cientistas ainda implantaram o tecido em ratos para testar sua funcionalidade, e os animaizinhos responderam bem à operação.
De acordo com a New Scientist, Jim Wells, um dos pesquisadores, disse que o resultado da pesquisa é "um dos tecidos mais complexos já criados em laboratório". "Ele tem o forro interior que é responsável por absorver nutrientes e secretar sucos digestivos, músculos totalmente funcionais que impelem a comida pelo intestino, e nervos que controlam a pulsação dos músculos". 
O vídeo abaixo, da New Scientst, mostra a pesquisa:
 
De tronco a tripas
Partindo de pele e leucócitos normais, os cientistas conseguiram criar células-tronco, que têm a capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula. Em seguida, eles inseriram as células-tronco em um meio provido dos ingredientes adequados. Esse meio fez com que as células se desenvolvessem e virassem tecidos intestinais básicos.
No entanto, foi necessário também prover esse tecido básico de musculatora e nervos. Isso porque o intestino precisa ser capaz de se mover para levar o alimento adiante, e de se comunicar com a musculatura próxima para coordenar os movimentos. O mesmo processo usado para criar o tecido básico intestinal serviu nessa etapa: células-tronco foram inseridas em meios que as fizeram desenvolver-se em tecido nervoso e musculatura.
Test-drive intestinal
Ratos de laboratório vivos foram usados para testar a criação da equipe. Embora o tecido fosse completamente funcional, ele não dispunha de um sistema imunológico ou de alimentação de sangue, o que poderia ser um problema para a sua implantação.
Mas os pesquisadores perceberam que, quando o tecido foi implantado nos ratinhos, os corpos deles se encarregaram de fornecer tanto alimentação sanguínea quanto células do sistema imunológico para proteger o tecido. Isso indica que a mesma coisa poderia acontecer caso o tecido fosse implantado em pessoas. No entanto, os pesquisadores estimam que ainda deve levar muitos anos até que a técnica seja aperfeiçoada a ponto de permitir o transplante em adultos.
Primeiros usos
Segundo o Engadget, os pesquisadores estavam trabalhando com tubos de dois centímetros para os testes com os ratinhos. Em breve, eles pretendem começar a desenvolver tubos de 10 centímetros de comprimento. Com esse tamanho, os tubos já poderão ser usados para ajudar bebês nascidos com Síndrome do Intestino Curto, uma condição que frequentemente acomete bebês prematuros que pegam infecções intestinais após o nascimento.
O uso desse tecido em adultos, no entanto, exigiria tubos ainda mais compridos. Mesmo assim, os pesquisadores acreditam que o material pode ajudar pessoas com doença inflamatória intestinal ou doença de Crohn. Essas duas doenças são causadas pelo sistema imunológico do próprio paciente, que ataca o intestino. Fazendo com que células do sistema imunológico ataquem o novo tecido, médicos poderão testar como diferentes alimentos e bactérias intestinais afetam pessoas com essas condições.

Fonte: OlharDigital

Tinta converte o calor das paredes da casa em energia elétrica

Tinta converte o calor das paredes da casa em energia elétrica


Pesquisadores da Coreia do Sul encontraram um novo método de geração de energia para as casas. Eles desenvolveram uma tinta termoelétrica capaz de transformar o calor das paredes em eletricidade.
De acordo com o estudo, publicado nesta semana, a pintura se destaca em relação aos outros materiais termoelétricos, já que reduz as perdas de calor, algo comum no segmento pela falta de maleabilidade. A tinta contém telureto de bismuto, substância utilizada nesse tipo de material, além de outros componentes que ajudam as partículas a permanecerem juntas.
Segundo os pesquisadores, em testes, o material se provou mais eficiente do que qualquer outro termoelétrico. A tinta pode se tornar bastante útil nos meses de verão e em países quentes, onde as temperaturas das paredes e telhados podem chegar aos 50°C.
A ideia é usá-la também em carros e navios, além de procurar uma maneira de tornar a sua produção mais barata.

Via Seeker

Fonte: OlharDigital

Inteligência artificial julga se pessoa é culpada ou inocente pelo rosto

Inteligência artificial julga se pessoa é culpada ou inocente pelo rosto


Pesquisadores da Shanghai Jiao Tong University realizaram um estudo para verificar se a inteligência artificial consegue identificar se as pessoas são criminosas ou não apenas pelos seus traços físicos.
"Ao contrário de um juiz humano, o algoritmo de visão computacional não tem absolutamente nenhuma visão subjetiva, emoção ou preconceito devido a experiências passadas, raças, religião, doutrina política, sexo, idade, fadiga mental, sono, fome etc.", explica um dos pesquisadores.
Para a inteligência artificial, pessoas com bocas menores, mais curvas nos lábios superiores e olhos mais juntos são mais propensas a serem criminosas. Para chegar às conclusões, o sistema analisou 1.856 rostos de homens com idades entre 18 e 55 anos. 730 fotos pertenciam a criminosos, mas não eram fotos deles na cadeia.
O algoritmo de aprendizado de máquina usou quatro métodos diferentes de análise de características faciais para identificar a possível criminalidade. “Os quatro classificadores conseguiram executar a tarefa de maneira consistente e produziram provas para que comprovássemos sua validade, apesar da controvérsia histórica a respeito do tema”, afirmam os cientistas.
O tema, no entanto, é bastante polêmico. Durante as experiências, o sistema julgou pessoas inocentes como culpadas. O contrário também aconteceu. A maior preocupação é que, caso seja utilizado nos tribunais, o sistema condene pessoas que não cometeram crimes.

Via Daily Mail

Fonte: OlharDigital

Drones vão substituir iluminação pública na Inglaterra

Drones vão substituir iluminação pública na Inglaterra

A ideia é que as pessoas possam chamar os drones por um aplicativo de celular e que eles as acompanhem até o destino final

Uma empresa de seguros britânica quer disponibilizar drones para iluminar o caminho de seus assegurados em áreas sem iluminação pública, os fleetlights.
A ideia é que a pessa que precise atravessar uma região sem luz possa usar um aplicativo de celular geolocalizado para chamar os drones – que virão com um holofote e a acompanharão até seu destino.
A iniciativa deve ser usada principalmente em áreas rurais e cidades pequenas, e deve ser mais econômica do que instalar postes de luz por todo o interior da Inglaterra, por exemplo.
O cliente terá a opção de chamar três drones para si, que o iluminarão por cima e pelos lados, ou de usar apenas um aparelhinho voador.
A seguradora quer, com isso, evitar que acidentes aconteçam – e, de quebra, economizar os gastos que teria com cuidados médicos.
“Acreditamos que a noção de seguros vai deixar de ser um negócio de indenização – ou seja, consertar coisas que se quebraram – para virar um negócio de prevenção e evitar que coisas ruins aconteçam”, disse Mark Evans, diretor de marketing da empresa Direct Line, à revista Fast Company.
O drones também poderão acompanhar bicicletas ou até mesmo carros em rodovias sem iluminação. A principal dificuldade foi desenvolver uma luz que seja leve o suficiente para ser carregada pelo drone, e que o GPS consiga prever o movimento do usuário – qualquer atraso na localização significa que as pessoas ficarão no escuro.
Os fleetlights estão sendo programados em código aberto, para que qualquer um possa ajudar a botar a ideia em prática. O serviço, porém, ainda está na fase de testes.

Essa matéria foi originalmente publicada na Superinteressante.

Fonte: EXAME


Nasa comprova que “motor impossível” funciona

Nasa comprova que “motor impossível” funciona

EmDrive produz movimento sem interagir com nada. Livros de física terão que ser reescritos para explicar como


É uma máquina simples: emite-se um feixe de microondas dentro de uma câmara de ressonância – um cone truncado de metal, fechado em todos os lados.
Isso produz movimento na direção oposta da base do cone. Sem que nada saia dele, nem o feixe de microondas.
Não é preciso ser físico para ver como essa máquina parece absurda. Para que uma coisa se mova, é preciso que interaja com outra coisa.
O jato move o avião forçando ar contra a atmosfera atrás dele. O foguete expele gases, exercendo força contra esses próprios gases – o que explica como funciona no vácuo.
É Terceira Lei do velho e bom Isaac Newton, uma parte de sua física que está longe de ser aposentada. A famosa ação e reação: o movimento é a reação que acontece ao se empurrar outra coisa – a ação.
Mas, como diria Galileu: “no entanto, se move”. A Nasa acaba de provar que o EmDrive produz uma força de 1,2 millinewtons por kilowatt no vácuo. Não é lá grandes coisas: o Hall Thruster, um foguete avançado de plasma, produz 60.
Mas o Hall Thruster precisa, como todo o foguete, de um propelente – isto é, gases a serem expelidos. E esses gases precisam ser carregados até o espaço, tornando o foguete mais pesado e exigindo mais gases ainda para sair da Terra.
Esse é o maior custo e o maior empecilho para viagens espaciais, principalmente de longa distância. O EmDrive está em seus primeiríssimos passos: acabam de provar que ele existe. Talvez ele tenha um potencial bem maior, que ainda não conhecemos.
Então chegamos à pergunta de um milhão de dólares: como funciona? E a verdade é que ninguém faz a menor ideia. A Nasa tentou um palpite arriscadíssimo: a máquina está empurrando o vácuo, o que seria possível por meio de uma interação quântica.
O problema é que, para isso ser válido, seria preciso se adotar toda uma explicação heterodoxa para a física quântica, a teoria da onda piloto.
Basicamente abandonada nos anos 1930, ela afirma que a incerteza quântica não existe. Isso vai de encontro a tudo o que se entende por física quântica, atirando pela janela o gato de Schrödinger e 80 anos de conhecimento.
O EmDrive não é só uma possível revolução em viagens espaciais, mas algo que está, já agora, só por existir, bagunçando o coreto aqui na bolinha azul.

Fonte: EXAME

Inteligência artificial faz leitura labial com mais precisão que humanos

Inteligência artificial faz leitura labial com mais precisão que humanos


Carolina Ribeiro Para o TechTudo
A DeepMind, empresa de inteligência artificial do Google, e a Universidade de Oxford desenvolveram um sistema capaz de fazer a leitura labial em vídeos e transformá-los em legenda em texto. A pesquisa usou mais de 100 mil frases e cinco mil horas de programas da rede de televisão BBC.

Outro estudo feito por ambos também foi divulgado recentemente. Chamado de LipNet, o sistema utilizou cerca de 29 mil vídeos com três segundos de duração cada, e atingiu uma precisão de leitura labial de 93,4%. Foram comparados a precisão de leitura labial entre as pessoas e o mecanismo de inteligência artificial e chegaram à conclusão que a tecnologia está à frente dos humanos.

DeepMind e Universidade de Oxford desenvolvem sistema que faz leitura labial com ajuda de conteúdo de TV 
DeepMind e Universidade de Oxford desenvolvem sistema que faz leitura labial com ajuda de conteúdo de TV (Foto: Reprodução/New Scientist)

Durante a pesquisa, foram analisados os lábios de cada pessoa que aparecia falando nos programas da BBC para que o sistema decifrasse o que estava sendo dito, inclusive sentenças com um nível alto de complexidade e velocidade de conversação gravado.

Outro desafio da inteligência artificial foi lidar com áudio e vídeo dessincronizados das gravações. Para fazer a ligação, o mecanismo recebeu algumas associações entre sons e formatos de boca.

Além disso, o estudo comparou a precisão de leitura labial do homem e da inteligência artificial. Conclui-se que a pessoa entendeu apenas 12,4% das palavras sem erros, enquanto a tecnologia teve um desempenho melhor, com 46,8% e erros de pouca relevância.
Por ter alcançado esse resultado satisfatório, o mecanismo superou todos os sistemas criados até hoje, inclusive o LipNet –  que utilizou um vocabulário menor e uma gramática sem tanta complexidade.
De acordo com DeepMind e Universidade de Oxford, o sistema estará disponível como um recurso de treinamento.
Via New Cientist e Quartz
Fonte: TechTudo

Cientistas criam tecido capaz de carregar bateria de smartphones

Cientistas criam tecido capaz de carregar bateria de smartphones 
Por Redação | em 22.11.2016 às 01h11 
tecido
Com tantas fontes de energia renovável surgindo por aí, não seria de se espantar se você começasse a recarregar seu telefone celular através de fotocélulas ou energia eólica, não é verdade? Mas, agora, mais do que isso, uma equipe de cientistas descobriu o jeito ideal de obter, armazenar e fornecer energia para smartphones, diretamente da sua roupa. 
O grupo de estudiosos de nanotecnologia criou uma malha de fios cobre flexível o suficiente para ser costurada em tecido, como lã ou tricô. O aparato consegue captar e armazenar energia solar simultaneamente, sendo uma prova concreta de que é possível usar camisas hi-tech o suficiente para gerar carga para seu smartphone. Em outras palavras, a menos que esteja de noite, você vai poder sair por aí com uma roupa que mantém seu celular sempre com o máximo de bateria possível. 
"O mais importante é a portabilidade do dispositivo", diz o Dr. Jayan Thomas, pesquisador do Centro Tecnológico de Nanociência da Universidade da Flórida Central. "Em vez de usar dois aparelhos distintos, integramos [o sensor e a bateria para armazenamento] tudo em um filamento só". 
O filamento é feito de uma fotocélula e um supercapacitor para armazenar energia. Ambos compartilham de um mesmo eletrodo, e é possível agrupar vários destes dispositivos e costurá-los em um pedaço de tecido. Inspirado pela tecnologia do tênis de Marty McFly em De volta para o futuro II, o cientista diz que a invenção pode servir de auxílio em vários campos: desde o militar até o novíssimos nichos dos drones e veículos elétricos. 
Por enquanto, o dispositivo ainda é um protótipo costurado em um pedaço de tecido feito de lã. Mas Thomas diz que está estudando uma melhor maneira de costurar tudo e deixar o conjunto flexível o bastante para ser pregado à roupa. Por ora, não dá para dobrar o projeto, mas a equipe do cientista revela que isso é questão de tempo, apenas. 
Via Quartz

Fonte: Canaltech




Plano Nacional de IoT priorizará formação de mão de obra especializada

Plano Nacional de IoT priorizará formação de mão de obra especializada 
 
Por Redação | em 23.11.2016 às 12h25 
 
Internet das Coisas
 
O Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) que está sendo preparado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações terá como uma das prioridades a formação de mão de obra especializada, segundo afirmou o diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital, José Gontijo, durante evento, em Brasília, na terça-feira, 22. "É preciso mudar o perfil do trabalhador brasileiro, para que ele esteja preparado para as mudanças que vêm por aí", ressaltou. 
Segundo ele, a construção do plano envolve um amplo debate com todos os atores, além de uma convergência com outros países. "Estamos trabalhando para garantir um ecossistema favorável ao desenvolvimento e à implantação de soluções de IoT no Brasil", garantiu. 
Outra discussão relevante para a elaboração do Plano Nacional de IoT, de acordo com Gontijo, é a definição clara do papel do Estado em cada etapa do processo. O diretor também defendeu a participação efetiva de centros de excelência, que "batam na porta" de produtores de diversas áreas para vender soluções tecnológicas. "É importante induzir a adoção dessas inovações, não basta elas estarem disponíveis", enfatizou. 
Com lançamento previsto para março de 2017, o Plano Nacional de IoT é um documento que pretende estabelecer como as empresas serão estimuladas a investir em projetos relacionados à Internet das Coisas no Brasil. A ideia, ainda segundo Gontijo, é que o plano seja um documento aberto, em constante revisão. "Qualquer política pública engessada está fadada ao fracasso - até porque o mercado não é engessado", concluiu. 
 
Fonte: ComputerWorld
Fonte: Canaltech

Em breve, poderemos ter telas embutidas nas nossas roupas

Em breve, poderemos ter telas embutidas nas nossas roupas
 
Por Redação | em 23.11.2016 às 19h19 
 
 oled tecido
 
As fabricantes de produtos tecnológicos estão planejando novos jeitos de criar wearables de pulso que possam, ao mesmo tempo, ser diferentes, úteis e chamar a atenção do público. Mas o grande problema, no momento, é o tamanho do painel, que precisa ser pequeno o bastante para caber na largura do punho, e grande o bastante para agregar todas as informações necessárias sem rodeios. 
Agora, uma nova ideia surge entre os profissionais do ramo: e se uma tela OLED pudesse ser embutida em tecido, sendo flexível o bastante para usar no braço ou na cintura e com um tamanho ideal que permita navegação e exibição de informações? 
Partindo desse princípio, uma equipe de pesquisadores de uma empresa sul-coreana, aliada a um grupo de cientistas da universidade KAIST, também do mesmo país, está desenvolvendo um novo tipo de tela OLED sobre tecido. 
Se as pesquisas se desenvolverem rapidamente, significa que em pouco tempo veremos por aí displays de verdade embutidos nas fibras do tecido de roupas e acessórios, como jaquetas e braceletes de tecido, ou até mesmo cintos e camisetas. 
Para chegar nesse objetivo, a equipe teve que sintetizar um tipo de tecido que não fosse áspero e nem se alargasse demais quando aquecido. Os pesquisadores criaram um tipo especial e liso de pano, que se parece muito mais com uma placa de vidro do que com um retalho propriamente dito. Depois, tiveram que transformá-lo em um tipo de tela. Foi assim que, por um processo de deposição térmica, conseguiram fazer com que diodos orgânicos (OLEDs) se formassem neste substrato. 
Até o momento, tudo está em fase de testes em laboratório. A tecnologia, claro, não está pronta para uso, mas pelo visto, em pouco tempo, teremos novidades. 
 
Via PhoneArena

Fonte: Canaltech

Quase metade do mundo estará online no final de 2016, diz relatório da ONU

Quase metade do mundo estará online no final de 2016, diz relatório da ONU

Por Nqobile Dludla
terça-feira, 22 de novembro de 2016 14:40 BRST

  

JOANESBURGO (Reuters) - Até o final de 2016, quase metade da população do mundo estará usando a internet, já que as redes móveis estão crescendo e os preços caindo, mas seus números irão continuar concentrados no mundo desenvolvido, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.
Nas nações desenvolvidas, cerca de 80 por cento da população usa a internet, mas só cerca de 40 por cento o fazem em países em desenvolvimento e menos de 15 por cento em países menos desenvolvidos, de acordo com um relatório da União Internacional de Telecomunicações da ONU (ITU, na sigla em inglês).
Em vários dos Estados mais pobres e frágeis da África, só uma pessoa em cada 10 está online. A população desconectada é feminina, idosa, menos educada, mais pobre e vive em áreas rurais, informou a ITU.
Globalmente, 47 por cento da população navega na rede mundial, ainda bem menos do que a meta da ONU – 60 por cento até 2020. Aproximadas 3,9 bilhões de pessoas, mais da metade do contingente global, não o faz. A ITU acredita que 3,5 bilhões de pessoas terão acesso até o final deste ano.
"Em 2016, as pessoas não irão mais ficar online, elas estão online. A disseminação das redes 3G e 4G pelo mundo levou a internet a cada vez mais pessoas", disse o relatório.
Empresas de telecomunicação e de internet estão se expandindo, já que smartphones mais acessíveis estão estimulando os consumidores a navegar pela internet, aumentando a demanda por serviços de dados robustos. Mas os países menos desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês) ainda estão ficando para trás do restante.
"Os níveis de penetração da internet nos LDCs hoje em dia chegaram ao nível visto nos países desenvolvidos em 1998, o que leva a crer que os LDCs estão quase 20 anos atrás dos países desenvolvidos", informa o relatório.
O documento culpou o custo dos serviços e da ampliação da infraestrutura a consumidores em áreas rurais e remotas, e ainda o preço alto do uso de celulares.

Fonte: Reuters

China lidera inovações com 1 milhão de pedidos de patentes em 2015, diz ONU

China lidera inovações com 1 milhão de pedidos de patentes em 2015, diz ONU


(Por Stephanie Nebehay)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447723))
REUTERS NS RBS

quarta-feira, 23 de novembro de 2016 16:49 BRST


GENEBRA (Reuters) - A China está liderando o crescimento em inovação no mundo, tornando-se o primeiro país a apresentar 1 milhão de pedidos de patentes em um único ano, disse a Organização Internacional de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.
Inovadores chineses apresentaram em 2015 a maior parte dos pedidos em engenharia elétrica, que inclui telecomunicações, seguida por tecnologia da computação e semicondutores e instrumentos de medidas, incluindo tecnologia médica, disse a agência da ONU.
"Os números da China são extraordinários. É o primeiro escritório de patentes no mundo que recebe mais de 1 milhão de pedidos de registros", disse o diretor-geral da Wipo, Francis Gurry, em coletiva de imprensa para o lançamento do relatório "Indicadores Globais de Propriedade Intelectual".
A maior parte dos 1,01 milhão de pedidos chineses foi para a proteção doméstica de patentes, marcas registradas e design industrial, com apenas 42.154 sendo aplicadas no exterior.
"Mais uma vez, nós vemos uma crescente quase dominância da Ásia como a origem da atividade de registro de propriedades intelectuais. Se você olhar para estes números, você vê que 62 por cento da atividade global de pedidos de patentes está localizada na Ásia, 55 por cento da atividade global de marcas registradas está na Ásia e 68 por cento dos pedidos de design estão na Ásia", ele acrescentou.
Globalmente, cerca de 2,9 milhões de pedidos de patentes foram apresentadas no ano passado, um aumento de 7,8 por cento ante 2014, disse a Wipo. Aproximadamente duas em cada três patentes são aprovadas, disse Gurry.

Fonte: Reuters

'Transumana': a hacker que implantou 50 chips e ímãs no próprio corpo para torná-lo 'melhor'

'Transumana': a hacker que implantou 50 chips e ímãs no próprio corpo para torná-lo 'melhor'

21 novembro 2016
A hacker Lepht Anonym 
Lepht é adepta do transumanismo e já fez dezenas de intervenções no próprio corpo
Uma hacker escocesa identificada como Lepht Anonym está implantando microchips e imãs no próprio corpo numa tentativa de ampliar seus sentidos e conhecimentos.
Em entrevista à BBC, ela contou não se importar com os riscos e efeitos ruins e dolorosos dos procedimentos amadores a que se submete - mas não aconselha ninguém a seguir seu exemplo.
"Prefiro sofrer com muita dor e adquirir conhecimentos do que evitar a dor e ficar sem esses conhecimentos."
Lepht se define como uma "transumanista", alguém que quer melhorar a qualidade da vida humana por meio da tecnologia.
"O transumanismo é, basicamente, a filosofia que afirma que podemos e deveríamos melhorar a qualidade da vida humana usando a tecnologia", afirmou a escocesa.
"Estamos tentando usar a tecnologia de um jeito mais pessoal para que nossos corpos sejam melhores."
Um dos principais teóricos do movimento transumanista - que tem simpatizantes e críticos no mundo todo - é o filósofo britânico Max More.
Image copyright Thinkstock
Raio-X de portador de marcapasso 
Marcapasso também é uma intervenção corporal; a diferença é que os biohackers não tem os conhecimentos médicos para fazer as intervenções
More escreveu um ensaio em 1990, Transhumanism: Toward a Futurist Philosophy ("Transumanismo: A Caminho de uma Filosofia Futurista", em tradução livre), no qual introduziu o termo transumanismo em seu sentido moderno.

Procedimentos

Nos últimos anos, Lepht já passou por 50 procedimentos cirúrgicos para implantar microchips em seu corpo e ímãs nas pontas dos dedos.
"Minha primeira experiência cirúrgica aconteceu em 2007. Tudo o que fiz foi comprar um chip digital, um leitor, na web e instrumentos médicos esterilizados, um pequeno kit de operação."
Para fazer o primeiro procedimento, teve a ajuda de uma amiga.
"Uma amiga que estava estudando Medicina na época fez o corte. Nós colaboramos: ela fez o corte, eu coloquei o chip, fiz os curativos."
A partir daí, Lepht não parou mais.
Os ímãs nas pontas dedos, afirmou, lhe proporcionam "mais um sentido" eles são ativados por dispositivos externos e permitem que a hacker "sinta" a distância entre suas mãos e os objetos.
Um dos chips implantados por Lepht no próprio corpo 
Este foi um dos chips implantados por Lepht no próprio corpo; ele é pequeno, mas o procedimento provocou um sangramento na mão
"Seu sistema nervoso trabalha com sinais eletrônicos, exatamente do mesmo jeito que qualquer tipo de dispostivo. São apenas sinais que viajam pelo seu corpo até o cérebro. A única diferença é que os caminhos que eles percorrem no seu corpo são nervos, ao invés de circuitos."
"Quando colocamos um nó no sistema nervoso, enquanto ele gerar um sinal elétrico, vai se conectar com os nervos sem problemas."
Lepht tem um blog, o Sapiens Anonym, que já recebeu mais de 600 mil visitas e é especializado em biohacking.
Outros biohackers se comunicam por fóruns na web, compartilhando informações sobre suas experiências.

Atualização

Um dos procedimentos mais recentes de Lepht foi acompanhado pela BBC.
A blogueira inseriu um microchip atualizado na própria mão para que possa fazer pagamentos sem usar cartões.
"Hoje vou fazer uma atualização de um dos microchips que já tenho. Ele (o microchip novo) pode fazer mais do que o velho. Então quero ver se os dados do meu cartão com o qual faço meus pagamentos podem ser copiados para o chip."
Ela mostra à reportagem que tudo é esterilizado - todas as superfícies e instrumentos usados para inserir o novo chip. E a incisão é pequena, apenas um ponto aberto em sua mão.
Com a outra mão em uma luva ela insere o novo chip e aperta o ponto de entrada para que ele deslize para o lugar certo.
Em seguida, a biohacker faz um teste para saber se o chip consegue ser lido pela memória USB conectada a seu computador.
A última atualização feita por Lepht 
A BBC acompanhou uma das últimas atualizações que Lepht fez em um dos chips implantados em sua mão, um procedimento bem menos sangrento que os anteriores
E quando ela aproxima a mão com o novo chip da memória USB, os dados aparecem na tela do computador.
Apesar de o procedimento ter sido bem-sucedido, Lepht não aconselha ninguém a seguir seu exemplo.
"Não sou médica, não tenho nenhum treinamento no setor, nenhuma qualificação médica. Na minha opinião, isso é apenas algo que faço usando o direito que tenho sobre meu próprio corpo."
Para os que acreditam que ela está se expondo a um risco desnecessário, a blogueira responde que tudo o que quer é acelerar o processo de evolução da inteligência, para além das atuais limitações da forma humana.
"Meu raciocínio, a razão de não achar nada disso loucura, é basicamente porque tenho um objetivo. Não há um modo fácil de conseguir esses dados a não ser que esperemos por alguém que tenha um laboratório ou apoio de alguma corporação possa fazer isso."
"Estamos fazendo isso apenas para conseguir dados que (outros) hackers poderão usar no futuro."

Fonte: BBC